Maduro força eleição de opositor corrupto na Venezuela
Juan Guaidó e vários deputados opositores foram impedidos de participar na votação para eleger o novo presidente do Parlamento.
O regime venezuelano foi acusado pela oposição de novo golpe de Estado, ao impor no domingo a eleição do opositor dissidente Luís Parra como novo presidente da Assembleia Nacional, numa sessão caótica, na qual o atual líder daquela câmara e autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, foi impedido de participar pela polícia.
Parra, de 42 anos, foi expulso em dezembro do partido opositor Primeira Justiça por corrupção e aliou-se ao regime de Maduro, que no domingo o propôs como candidato à presidência da Assembleia Nacional. O outro candidato era Guaidó, atual detentor do cargo, que foi fisicamente impedido de se aproximar do edifício do Parlamento pela polícia.
Um vídeo mostra Guaidó a ser empurrado pelos escudos dos militares ao tentar saltar o muro do Parlamento após ter sido impedido de entrar pela porta principal. Tal como Guaidó, muitos deputados da oposição também não conseguiram entrar no Parlamento, onde Parra acabou por ser eleito pelos apoiantes do regime numa votação sem quórum e de braço no ar, contra todas as regras.
Horas mais tarde, Guaidó reuniu cerca de uma centena de deputados da oposição na redação do jornal ‘El Nacional’, os quais o elegeram presidente da Assembleia Nacional, abrindo um novo conflito institucional no país.
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