Ministério Público da Venezuela processa 140 denúncias de especulação de preços

Governo fixou os custos de venda ao público de 25 produtos básicos alimentares.

30 de agosto de 2018 às 23:05
Um quilo de carne custa 9,500,000 bolívares Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Um quilo de tomates custa 5,000,000 bolívares Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Um rolo de papel higiénico custa 2,600,000 bolívares Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters

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O Ministério Público da Venezuela (MP) anunciou esta quinta-feira que está a investigar 140 denúncias contra empresários e comerciantes, pela alegada especulação e modificação de preços de produtos básicos para venda.

O anúncio foi feito pelo procurador-geral da Venezuela, designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, durante uma conferência de imprensa em Caracas.

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FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Uma barra de sabão custa 3,500,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Uma quilo de queijo custa 7,500,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Uma quilo de arroz custa 2,500,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Uma quilo de massa custa 2,500,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Um frango com 2,4 quilos custa 14,600,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Um pacote de fraldas custa 8,000,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Um pacote de pensos higiénicos custa 3,500,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Quinhentas gramas de margarina custam 3,000,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Um rolo de papel higiénico custa 2,600,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Um quilo de tomates custa 5,000,000 bolívares
FOTO: Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Um quilo de carne custa 9,500,000 bolívares

Segundo o procurador, 111 denúncias foram feitas em flagrante delito e levaram à detenção de 131 pessoas, das quais 92 continuam presas, 29 têm medidas substitutivas (regime de apresentação periódica e outros) e 10 estão em liberdade.

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A 20 de agosto último entrou em vigor na Venezuel, uma reconversão monetária que eliminou cinco zeros ao bolívar forte e colocou em circulação o bolívar soberano.

Três dias depois o Governo venezuelano fixou os preços de venda ao público de 25 produtos básicos alimentares, incluindo produtos que escasseiam no país e que passariam a ter um custo ligeiramente inferior ao praticados no mercado negro, onde, entretanto, estes bens já subiram de preço.

A 23 de agosto as autoridades venezuelanas anunciaram que tinham iniciado um procedimento sancionatório contra três redes de supermercados de portugueses, acusadas de especulação na fixação de preços após a reconversão monetária.

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As redes de supermercados são suspeitas de terem incorrido em "especulação, modificação de preços, oferta enganadora", entre outros delitos socioeconómicos.

Em comunicado, a Superintendência para a Defesa dos Direitos Socioeconómicos (Sundde) da Venezuela explicou que foram recebidas denúncias telefónicas sobre irregularidades que motivaram uma fiscalização, ainda em curso, nas redes de supermercados Luvebras, Excelsior Gama e Central Madeirense.

Pelo menos uma rede de supermercados de portugueses foi obrigada a baixar os preços de venda ao público de vários produtos.

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