Mulher grávida e três crianças entre as vítimas do naufrágio no Canal da Mancha
31 pessoas morreram afogadas naquela que foi a pior tragédia envolvendo migrantes que tentam chegar ao Reino Unido.
Entre as 31 pessoas que morreram afogadas ao tentar cruzar o Canal da Mancha num barco insuflável estava
pior tragédia envolvendo migrantes que tentam chegar ao Reino Unido, avança o jornal The Guardian.
O alerta foi dado por pescadores franceses, que avistaram uma embarcação vazia com vários corpos imóveis na água em redor. O mar estava calmo, mas as autoridades admitem que o barco se terá virado, provavelmente por ir demasiado cheio. Os migrantes terão morrido afogados ou de hipotermia, dada a temperatura gelada da água.
Dois sobreviventes do sexo masculino, um iraquiano e um somali, estavam a ser tratados por exaustão e hipotermia num hospital de Calais.
Quatro homens estão a ser acusados de "envolvimento direto" na tentativa de travessia e foram presos ontem. Esta quinta-feira de manhã foi detido mais um homem.
As autoridades de Lille confirmram que 17 homens, sete mulheres e três adolescentes - dois meninos e uma menina - morreram na tragédia.
O ministro do Interior francê disse que "a principal responsabilidade por esta situação recai sobre os contrabandistas", descrevendo-os como "organizações mafiosas na Bélgica, Holanda, Alemanha e Grã-Bretanha".
"A França e Grã-Bretanha têm de trabalhar juntos. Não podemos ser os únicos países a lutar contra esses contrabandistas", acrescente.
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