Mulher revela ao pormenor como é viver com um homem viciado em sexo

Mulher chegou a pensar ser um problema seu em não conseguir corresponder ao entusiasmo do marido.

04 de abril de 2024 às 12:12
Casal XXX Foto: Pexels
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Dois anos após o divórcio, uma mulher descreveu ao Daily Mail na primeira pessoa a experiência de viver com um homem viciado em sexo. Começa por contar que quando chegava casa do trabalho o marido comprimentava-a na cozinha com "um abraço caloroso" antes de a levar para o quarto. "Aí, fizemos sexo pela segunda vez nesse dia... e pela enésima vez nessa semana".

"Tendo em conta que estávamos casados há 30 anos, era de admirar que as chamas da paixão continuassem a arder a tal ponto. Afinal de contas, os dias em que somos incapazes de resistir um ao outro diminuem normalmente após os primeiros anos. A verdade é que o Michael era viciado em sexo. Longe de ser excitante, gratificante ou lisonjeiro, a sua fome insaciável de intimidade deixou-me em sofrimento físico e destruiu a minha autoestima - e, por fim, o nosso casamento", revelou.

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A mulher diz ter-se sentido sozinha durante muito tempo e que chegou a pensar ser um problema seu em não conseguir corresponder ao entusiasmo do marido Michael. "Ler algo como isto ter-me-ia ajudado a compreender que a culpa não era minha e que havia uma saída".

"O Michael queria sexo várias vezes por dia e ignorava os meus apelos de exaustão, dizendo-me que sabia que eu gostava. Não me atrevia a falar com os meus amigos, mas quando procurei a ajuda de uma psicóloga logo no início, a mesma disse-me que estava a ser repetidamente violada e coagida", conta a mulher que devido à determinação em não sujeitar os filhos a um divórcio complicado aguentou esta situação por mais de duas décadas.

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Desde a sugestão de usar brinquedos sexuais, representar o papel de enfermeira, a vê-la ter relações sexuais com outros homens, este eram os pedidos do homem com manteve um casamento e de onde resultaram três filhos.

"Apesar de me sentir profundamente desconfortável, aceitei muitas destas sugestões porque não queria correr o risco de o afastar. Infelizmente, quanto mais participava, mais ele queria", explica.

No entanto, Michael não aceitava o contacto físico não sexual - nem um toque de mão, nem um beijo de despedida antes do trabalho. "Ele ignorava tudo isso para ir direto ao assunto".

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"O casamento não diminuiu em nada o seu apetite insaciável por sexo. Não conseguia sair do sofá ou ligar a máquina de lavar loiça depois do jantar sem que me apalpasse as mamas ou acariciasse as minhas partes íntimas. Era tudo uma atenção não convidada e indesejada". Segundo a mesma, o ex-marido queria sexo de manhã, quando chegava a casa do trabalho, ou quando a atacava quando se vestia para ir ter com amigos à noite. Michael chegou a esperar a mulher chegar a casa de uma festa para poder ter sexo.

A mulher vai mais longe nas confissões e recorda um dos episódios que a marcou. "Pouco depois de nos casarmos, acordei de madrugada e encontrei-o dentro de mim. Afastei-o, enojada. No entanto, ele parecia não perceber porque é que eu estava chateada. Estava mal-humorado e na defensiva, e isso aconteceu repetidamente durante o resto do casamento. Vivia com medo de adormecer porque nunca sabia o que me ia acontecer".

Apesar de conseguir perceber que se tratava de um violação, uma vez que o facto de estar a dormir significava que não era consensual, a mulher não queria acreditar nisso e tento normalizar a situação como sendo algo que os casais faziam.

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"Tivemos três filhos, agora na casa dos 20 anos, no espaço de cinco anos. Fiz questão de perguntar à parteira quando é que podia voltar a ter relações sexuais à frente do Michael para que pudesse ouvir a resposta: Muitos casais esperam até a mulher fazer um check-up pós-parto, quando o bebé tem cerca de seis semanas. No entanto, longe dos profissionais, disse-me que havia outras formas de o aliviar. Não tinha de ser com penetração", contou a mulher que disse que mesmo quando estava doente, tinha o período ou quando estava visivelmente exausta a cuidar dos filhos, o apetite sexual de Michael era "implacável".

Assume nunca ter ouvido falar em dependência sexual e em vez disso convenceu-se de que estava a falhar como esposa porque não aceitava os avanços constantes. "Sentia-me cada vez mais como um pedaço de carne e estava frequentemente dorida nos sítios íntimos; as minhas articulações doíam por ele insistir em manobrar-me em diferentes posições".

Deixou de se arranjar, passou dias sem lavar o cabelo, trocou as calças justas e o vestidos por fatos de treino mas nem isso fez reduzir a vontade de Michael em ter sexo com a mulher.

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Depois de algumas sessões com a psicóloga, ganhou forças para se mudar para o quarto de hóspedes. Mas gota de água foi numa manhã de primavera quando encontrou Michael na sua cama. "Perguntei-lhe o que raio estava a fazer e ele respondeu: "Ontem à noite percebi que me querias", o que era uma mentira total".

A mulher conseguiu ganhar coragem e contou ao filhos o que se passava e pediu o divórcio. Foi a uma clínica de saúde sexual, para perceber se Michael se tinha entregado ao seu vício sexual com outras mulheres ou mesmo com prostitutas. Para esta mulher era importante fazer ver às duas filhas que não é normal serem tratadas daquela maneira por um homem, ou que o filho pensasse que não havia problema em fazer o que o pai fez.

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