Nova polémica na Tesla: Trabalhadores das fábricas alegam abuso racial e assédio
Empresa de Elon Musk enfrenta pelo menos dez processos discriminação racial generalizada ou assédio sexual.
Um leque de 15 pessoas, que englobam funcionários e ex-funcionários negros da Tesla, avançaram com um processo contra a empresa de Elon Musk esta quinta-feira, informou a Reuters. Alegadamente, foram sujeitos a abuso racial e assédio nas fábricas de carros elétricos.
Os trabalhadores contam que eram atacados regularmente com comentários e comportamentos racistas por parte de colegas, gerentes e funcionários de recursos humanos, alerta o processo aberto num tribunal da Califórnia. Termos como "nigger", "escravidão" e "plantação" eram usados em referência aos queixosos. Abordagens com conotação sexual também eram frequentes no local de trabalho. Os incidentes ocorreram maioritariamente na fábrica de Fremont, na Califórnia, onde alguns dos trabalhadores acrescentam que foram obrigados a desempenhar tarefas mais exigentes fisicamente que os restantes colegas e era excluída a hipótese de promoção.
A Tesla está a enfrentar, pelo menos, dez processos de discriminação racial generalizada ou assédio sexual, sendo um deles iniciado por uma agência de direitos civis da Califórnia. Esta segunda-feira, um juíz ordenou um novo julgamento sobre os danos causados a um ex-operário negro que acusou a entidade de discriminação racial, depois de ter recusado 15 milhões de dólares (mais de 14 milhões de euros). A Reuters informa que, recentemente, um acionista da Tesla também acusou Musk e o conselho de administração da empresa de negligenciarem as reclamações dos trabalhadores e de causarem uma cultura tóxica laboral.
A Tesla não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters, contudo já havia negado, anteriormente, este tipo de irregularidades e argumenta que existem políticas em vigor que combatem e previnem a má conduta de trabalho.
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