OMS alerta que vacinas contra Covid-19 não serão 100% eficazes
Pandemia está para durar. Vacina não estará disponível este ano e os resultados são incertos, alerta Organização Mundial da Saúde.
A pandemia está longe de terminar e a maioria das vacinas que está a ser desenvolvida contra a Covid-19 não será eficaz. O alerta chega pala voz de Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) e surge após uma reunião que manteve com especialistas da Comissão de Emergência da Covid-19.
Segundo os últimos números divulgados pela Universidade Johns Hopkins - uma referência para os países de todo o Mundo sobre a situação global da pandemia -, o vírus contagiou, até ao momento, mais de 45,6 milhões de pessoas. O número de vítimas mortais já ultrapassa 1,18 milhões.
A politização da pandemia e a falta de consciência, em alguns casos, sobre a gravidade da mesma, são, para Tedros Adhanom, os principais obstáculos na luta contra a Covid-19, apelando para a conjugação de esforços que envolvam toda a sociedade. “A desinformação e os rumores em torno da pandemia devem ser combatidos”, diz.
Relativamente à vacina, continua incerta a data em que deverá começar a ser administrada, mas nunca antes do início de 2021, sendo que “não será 100% eficaz”, admite Tedros Adhanom. Atualmente, há dezenas de potenciais vacinas em fase de ensaio clínico, cujos resultados deverão ser conhecidos ainda este ano.“O impacto das vacinas Covid-19 na pandemia dependerá de vários fatores: eficácia, rapidez com que são aprovadas, fabricadas e entregues; e quantas pessoas são vacinadas”, concluiu o diretor-geral da OMS. Testar, rastrear contactos, cumprir o distanciamento físico e o uso de máscara são, por enquanto, as melhores armas para controlar e evitar a doença.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, decretou o confinamento nacional, que entra em vigor a partir de quinta-feira e vai durar pelo menos até dia 2 de dezembro.
A Grécia vai alargar o recolher obrigatório e fechar restaurantes e bares, durante um mês, nas áreas mais populosas do país. As medidas entram em vigor no dia 3 de novembro por um mês, disse o primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis.
A China detetou 33 novos casos de coronavírus na sexta-feira, 6 deles de contágio local e 27 ‘importados’. Quinta-feira tinha registado apenas um caso local e 24 ‘importados’, informou a Comissão Nacional de Saúde.
Caos em Espanha em protestos contra as novas restrições
Várias cidades espanholas viveram sexta uma noite de grande violência, em protestos contra as novas restrições. Os incidentes mais graves registaram-se em Barcelona, com 30 feridos (23 dos quais polícias) e 14 detidos. Em Burgos foram queimados 100 contentores e em Santander foram presas oito pessoas.
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