Parlamento Europeu inaugura representação na Moldova à espera de alargamento

O Parlamento Europeu (PE) inaugurou esta sexta-feira sua representação permanente na capital da Moldova, país com crescente interferência russa e à qual a União Europeia (UE) quer responder com um "novo impulso ao alargamento" comunitário.

"Demonstrando o compromisso firme da Europa com os parceiros da região, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, inaugurou oficialmente o gabinete do PE em Chisinau", anuncia a instituição em comunicado.

"No contexto de tensões geopolíticas acrescidas e de um novo impulso ao alargamento da UE, a abertura do gabinete do Parlamento na Moldova envia um forte sinal político: demonstra solidariedade, parceria e apoio às autoridades, à sociedade civil e aos cidadãos de toda a região da parceria oriental e reflete a determinação do Parlamento Europeu em aprofundar o seu envolvimento nestes países", adianta.

Citada pela nota, Roberta Metsola salienta que esta inauguração "é uma expressão tangível da confiança no futuro da Moldova no seio da família europeia".

A Moldova enfrenta uma crescente pressão política e económica por parte da Rússia, que procura manter influência na antiga esfera soviética e travar a aproximação de Chisinau ao Ocidente, especialmente à UE.

Moscovo tem utilizado instrumentos como a dependência energética, campanhas de desinformação e apoio a grupos pró-russos para enfraquecer o governo moldavo e semear instabilidade.

Em resposta, a UE tem intensificado o seu apoio à Moldova, vendo o alargamento como uma ferramenta estratégica para conter a influência russa na região.

Desde junho de 2022 que a Moldova é oficialmente um país candidato à UE.

Num relatório divulgado esta semana sobre o processo de alargamento, a Comissão Europeia considerou que, "perante as contínuas ameaças híbridas e tentativas de desestabilização do país, a Moldova avançou significativamente no seu percurso de adesão, concluindo com sucesso o processo de avaliação".

O gabinete do PE agora inaugurado promoverá as posições e atividades do Parlamento e apoiará a democracia e as reformas institucionais na região.