Partido de Ciro Gomes pede a anulação da primeira volta e novas eleições sem Bolsonaro
Tribunal Superior Eleitoral abriu investigação sobre campanha de Bolsonaro, por pagamentos ilegais de campanhas negras..
O Partido Democrático Trabalhista, de Ciro Gomes, terceiro colocado na primeira volta das presidenciais brasileiras, instaurou junto ao Tribunal Superior Eleitoral, uma ação para a anulação primeira volta das presidenciais, que deu a vitória ao candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro. O PDT pede ao TSE que a primeira volta seja considerada nula e que seja repetida, mas sem a presença de Bolsonaro.
Segundo o PDT, Jair Bolsonaro e o seu partido, o Partido Social Liberal, violaram várias regras da lei eleitoral e cometeram claramente fraude eleitoral, pelo que o candidato deve ter a sua candidatura impugnada e ser realizada nova primeira volta sem ele. O PDT acusa Bolsonaro de ter viciado a primeira volta ao fazer disparar milhões de mensagens com propaganda enganosa e notícias falsas contra o candidato do Partido dos Trabalhadores, PT, Fernando Haddad, que ficou em segundo lugar, e contra outros candidatos.
De acordo com a ação protocolada esta sexta-feira no TSE, os pacotes com milhões de envios de mensagens falsas, as chamadas fake news, com acusações mentirosas contra outros candidatos que influenciaram a decisão dos eleitores, foram pagos por grandes empresas que apoiam Bolsonaro. Caso se comprovem as acusações, acrescenta o
Até este sábado, o TSE ainda não se tinha posicionado quanto a esta ação do PDT, mas já tinha acolhido e dado seguimento a uma outra de teor semelhante, apresentada pelo Partido dos Trabalhadores, de Fernando Haddad.Após a formalização da denúncia do PT contra Bolsonaro também por suposta fraude eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral abriu uma investigação contra o ex-militar. Porém o tribunal recusou o pedido do partido de Haddad para a polícia fazer buscas nas agências contratadas para dispararem os milhões de notícias falsas e nas empresas acusadas de terem pago por esse serviço ilegal, que chegaram a pagar 2,8 milhões de euros por cada pacote.
A segunda volta das presidenciais está marcada para o próximo dia 28, e, a manter-se a gigantesca morosidade que caracteriza a justiça brasileira, principalmente a justiça eleitoral, dificilmente alguma medida concreta será tomada antes dessa data. Assim, as presidenciais deste ano têm tudo para repetir as de 2014, quando a vitória de Dilma Rousseff também foi questionada na justiça eleitoral.
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