Polícia angolana detém dois suspeitos de violação e agressão de jovem de 15 anos
Suspeitos têm 20 e 23 anos e estão acusados dos crimes de agressão física, abuso sexual e devassa da vida privada.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) angolano anunciou esta segunda-feira a detenção de dois homens que alegadamente espancaram e abusaram sexualmente de uma menor de 15 anos e partilharam o vídeo das agressões nas redes sociais.
Segundo um comunicado do SIC, os suspeitos, residentes no município de Viana (Luanda), têm 20 e 23 anos e estão acusados dos crimes de agressão física, abuso sexual e devassa da vida privada.
O caso está a provocar forte comoção social e motivou reações de vários partidos políticos e do próprio ministro do Interior, Manuel Homem, que garantiu, na sua conta nas redes sociais, que será feita justiça.
A Organização da Mulher Angolana (OMA), braço feminino do MPLA, partido no poder, expressou solidariedade à vítima, repudiou os atos "de extrema gravidade" e condenou qualquer forma de violência baseada no género, apelando às autoridades para o esclarecimento cabal dos factos.
A OMA anunciou, entretanto, a criação de uma linha telefónica de apoio de caráter social, denominada "Acolher", para responder à "realidade crescente de situações de violência doméstica, agressões sexuais, maus-tratos e conflitos familiares, reconhecida pelas autoridades e instituições sociais".
Também a UNITA, principal partido da oposição, condenou "veementemente" o "ato hediondo que, para além de ser um crime contra uma menor, é um brutal ataque direto à dignidade da mulher angolana e aos fundamentos do Estado de Direito".
As organizações juvenil e feminina do PRA-JÁ Servir Angola, liderado por Abel Chivukuvuku, manifestaram igualmente indignação e repúdio "perante o crime bárbaro de sequestro, cárcere privado e abuso sexual" da jovem, apelando a uma justiça célere.
O Partido Liberal, uma das formações políticas mais recentes em Angola, pediu "medidas exemplares contra os agressores" e disponibilizou-se para prestar patrocínio judicial à vítima.
Informações inicialmente divulgadas nas redes sociais apontavam que os agressores pertenciam aos órgãos de defesa e segurança, mas os relatos foram desmentidos pelo SIC.
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