Polícia de choque acaba com protestos anti-Dilma
Não há informações de feridos graves.
Uma grande operação da polícia de choque da Polícia Militar de São Paulo retirou à força perto das nove horas desta sexta-feira, hora local, meio-dia em Lisboa, os manifestantes que ocupavam a Avenida Paulista, centro financeiro da maior cidade do Brasil, exigindo a renúncia da presidente Dilma Rousseff e a destituição de Lula da Silva, que ela nomeou terça-feira como ministro da Casa Civil.
Os militares utilizaram camiões com canhões de água, blindados e muitas granadas de gás lacrimogéneo e de efeito moral e carregaram com escudos e bastões, mas não há informações de feridos graves.
Os manifestantes estavam acampados na avenida desde o final da tarde de quarta-feira, e prometiam ficar no local, onde já tinham montado dezenas de tendas, até à queda da presidente, que acusam de corrupção e que enfrenta processos de destituição na justiça eleitoral e no parlamento.
Após a acção policial, os manifestantes continuaram o protesto, mas a partir daí nos passeios laterais da avenida, enquanto a polícia retirava as tendas e os pertences das pessoas envolvidas na manifestação.
A acção da polícia teve como intuito permitir a realização no final da tarde desta sexta-feira de uma outra manifestação, esta a favor de Dilma e de Lula, promovida pelo Partido dos Trabalhadores e pela CUT, Central Única dos Trabalhadores, ligada ao partido, que pretende ser um desagravo ao antigo presidente, que aliados consideram vítima de perseguição da direita, da imprensa e da justiça.
As autoridades de São Paulo tentaram ao longo da semana que a manifestação pró-Lula fosse mudada para outro local, para evitar confrontos, mas o PT e a CUT exigiram realizá-la na Avenida Paulista e, por outro lado, os manifestantes contra o governo e o ex-presidente também se recusaram a sair.
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