Prémio Nobel da Paz para a iraniana Narges Mohammadi
Galardoada é ativista pelos direitos humanos e das mulheres.
O Prémio Nobel da Paz foi entregue a Narges Mohammadi, esta sexta-feira.
Segundo o comité, a escolha desta ativista, vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, deveu-se "à sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade de todos".
A galarodada cumpre uma sentença de 16 anos de prisão, tendo sido várias vezes perseguida, presa e vítima de maus tratos pela defesa dos direitos humanos no Irão.
"Não sei como escrever sobre o sofrimento e a dor infligidos à minha família. Quando entrei na prisão, era uma pessoa saudável, mas quando saí da prisão estava frágil e dominada por uma doença para a qual não consigo encontrar um remédio ou uma cura", escreveu Narges Mohammadi em 2011, denunciando a falta de condições no estabelecimento prisional iraniano onde se encontrava.
Com regularidade, a defensora dos direitos humanos tem alertado e criticado a situação "lamentável" em que se encontram os reclusos no Irão e tem assinado dezenas de artigos sobre maus tratos e torturas de que têm sido alvo, apesar de enfrentar sérios problemas cardíacos.
Em 2022, o Nobel da Paz foi atribuído a Ales Bialiatski, da Bielorrússia, e às organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia.
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