Sánchez vai liderar governo “feminista”
Novo executivo socialista espanhol é composto por onze mulheres e seis homens.
O novo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou esta quarta-feira um governo "feminista" constituído, pela primeira vez na história da democracia espanhola, por mais mulheres do que homens.
"As pessoas escolhidas para fazerem parte do governo são todas altamente qualificadas, vocacionadas para o serviço público e refletem o melhor de Espanha", afirmou Sánchez após comunicar ao rei Felipe VI a composição do seu executivo, que será formado por onze mulheres e seis homens e que foi descrito pelo PSOE como "feminista".
Sánchez, que tinha prometido um executivo socialista e paritário, descreveu o elenco governativo como "pró-igualdade de género, transgeracional e aberto ao Mundo mas ancorado na Europa".
Além de serem maioritárias no executivo, as mulheres vão ocupar algumas das principais pastas. É o caso da vice-presidência do governo, que foi entregue a Carmen Calvo, que ficará igualmente responsável pela pasta da Igualdade.
Já o Ministério da Economia foi entregue a Nadia Calviño, até agora diretora-geral da Comissão Europeia e responsável pelo Orçamento comunitário, escolha amplamente elogiada em Bruxelas e que foi vista como sinal do forte compromisso de Sánchez para com a estabilidade económica.
Para a pasta da Administração Territorial, Sánchez escolheu a catalã Meritxell Batet, sobre quem recairá a difícil tarefa de criar pontes e retomar o diálogo com o governo independentista da Catalunha.
Entre as caras mais conhecidas dos espanhóis neste governo contam-se ainda o ex-presidente do Parlamento Europeu Josep Borrell (Negócios Estrangeiros) e Fernando Grande-Marlaska (Interior), juiz homossexual que substituiu Baltazar Garzón na Audiência Nacional e ficou conhecido pela mão firme contra o Batasuna, o braço político da ETA.
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