O líder socialista decidiu prestar juramento sem a presença na sala de uma Bíblia e de um crucifixo, símbolos habituais nas tomadas de posse dos seis antecessores.
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O líder socialista espanhol, Pedro Sánchez, tomou posse este sábado como primeiro-ministro de Espanha, um dia depois de derrubar o governo de Mariano Rajoy e do PP com uma moção de censura, algo que acontece pela primeira vez em Espanha.
Se esta vitória e a forma como chegou ao poder faz História, também a cerimónia que o consagra na chefia do governo ficará para a História da democracia espanhola. O que distinguiu a cerimónia de ontem das tomadas de posse dos antecessores na chefia do governo espanhol, incluindo Mariano Rajoy, foi o facto de Sánchez, que é o sétimo primeiro-ministro da democracia espanhola, ter sido o primeiro a jurar sem a presença na sala de um crucifixo e de uma bíblia.
A exclusão dos símbolos religiosos não foi, contudo, um ato de rebeldia. Em 2014, com a chegada de Felipe VI ao trono, após abdicação de Juan Carlos I, a Casa Real decidiu dar aos altos cargos do Estado a possibilidade de poderem escolher jurar sem a presença dos símbolos religiosos.
Como democrata-cristão, Rajoy, ao tomar posse para a segunda legislatura, em 2016, decidiu manter a tradição e jurou ante a Bíblia e o crucifixo. Sánchez, ateu convicto, tomou a opção contrária, em obediência à ideia, que há muito defende, de que Espanha deve tornar, nas leis e também nas práticas, um Estado laico.
Empossado novo governo da Catalunha
Tomaram posse este sábado os 14 conselheiros do novo governo da Catalunha. A cerimónia foi usada pelo presidente catalão, Quim Torra, para reiterar a exigência, a Espanha, de um processo que permita iniciar na Catalunha um processo para criar "um Estado independente em forma de República". Uma das primeiras decisões do novo governo foi colocar na sede do executivo um cartaz a pedir "a libertação dos presos políticos e dos exilados".
"Não sei com que maioria vão liderar"
O campioníssimo tenista espanhol Rafael Nadal comentou a reviravolta política em Espanha, dizendo que preferia "voltar a votar", pois isto "não creio que seja bom para ninguém [...] Não sei com que maioria vão governar", disse, sobre o governo socialista minoritário.
PORMENORES
Primeiro não deputado
Sánchez é o primeiro a tornar-se chefe de governo de Espanha sem ser deputado. O socialista abdicou do mandato parlamentar em 2016 em desacordo com a direção do PSOE, que viabilizou o governo de Rajoy.
1300 perdem emprego
A brusca saída do governo de Mariano Rajoy retira dos respetivos cargos em Ministérios, secretarias de Estado e entidades públicas mais de 1300 pessoas. Dessas, 457 eram altos cargos do Estado, nomeados de forma direta pelo chefe de governo ou por colaboradores próximos.
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