Líder socialista torna-se o primeiro a chegar ao poder em Espanha após a votação de uma moção de censura.
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O líder socialista espanhol, Pedro Sánchez, foi esta sexta-feira confirmado como novo primeiro-ministro de Espanha. Chega ao poder depois de a moção de censura que apresentou contra o governo de Mariano Rajoy, do PP, obter 180 votos, quatro acima da maioria absoluta. 169 deputados votaram contra e houve uma abstenção.
A vitória foi conseguida com o apoio do seu partido, o PSOE, e ainda do Podemos, dos partidos bascos Bildu e PNV, dos separatistas catalães ERC e PDeCAT e ainda do Nova Canárias e do partido regional valenciano Compromís.
O resultado da votação coloca Rajoy e Sánchez na História de Espanha, por razões opostas, pois esta é a primeira vez que uma moção de censura triunfa. Desde 1978 foram apresentadas três, sendo que as duas anteriores fracassaram.
Sánchez deverá ser empossado ao início da tarde de hoje e espera-se que avance com a apresentação do novo governo no início da próxima semana.
Rajoy foi o primeiro a felicitar Sánchez, mas não sem antes frisar que sai "deixando Espanha melhor do que a encontrou" e concluiu: "Oxalá o meu sucessor possa dizer o mesmo. Desejo-o pelo bem dos espanhóis." A tarefa de Sánchez não se afigura fácil, pois conta somente com uma base de apoio certo composta pelos 84 deputados do PSOE num parlamento de 350 deputados.
Quanto aos restantes aliados, começaram já a manifestar as primeiras divergências ante o futuro governo socialista. Cinco dos partidos que apoiaram a moção de censura avançaram com vetos ao Orçamento do Estado aprovado pelo PP e que Sánchez prometeu respeitar. Os vetos não deverão ter impacto, pois para tal seria necessário que o PP, partido maioritário no parlamento, retirasse apoio ao orçamento criado pelo governo de Rajoy.
Ante as divergências na base de apoio do novo executivo, a vice-presidente do governo cessante, Soraia Sáenz de Santamaría, soltou a exclamação: "Começa a festa!"
Habituado a ganhar com as derrotas
Candidato em 2003 às municipais de Madrid não foi eleito, mas um ano depois tornou-se vereador em substituição de Elena Amedo. Em 2008 falhou a eleição para deputado por Madrid mas acedeu um ano depois ao Parlamento após renúncia de Pedro Solbes. Falhou uma vez mais a eleição em 2011, mas regressou ao parlamento em 2013, de novo em substituição de um deputado que renunciou. A primeira grande vitória surgiria em 2014, quando foi eleito líder do PSOE.
Mas, dois anos volvidos, parecia perto do fim, quando os barões do partido forçaram a sua demissão. Não desistiu e a 29 de outubro resignou ao assento parlamentar horas antes de Rajoy ser investido. Alegou que não podia respeitar a decisão do PSOE de se abster para viabilizar Rajoy.
O que parecia um suicídio político valeu-lhe apoios nas bases que, em maio de 2017 e contra todas as expectativas, lhe permitiram voltar à chefia do PSOE.
Iglésias quer lugar no governo e alerta para minoria
Mas Sánchez manifestou intenção de criar um governo "socialista e paritário".
PORMENORES
Deputado do PP engana-se
O deputado do PP Eloy Suárez enganou-se ao votar e disse "sim" à moção de censura do PSOE. Perante o ar incrédulo dos colegas de partido, apressou-se a corrigir e disse "não".
Ministro por 85 dias
O mandato do ministro da Economia, Román Escolano, foi um dos mais curtos de sempre em Espanha: apenas 85 dias. Tinha tomado posse em março para substituir Luís de Guindos.
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