Theresa May culpa Rússia por morte de espião e vai expulsar diplomatas
Primeira ministra britânica diz ser "intolerável" que um cidadão britânico seja morto no seu país.
O governo do Reino Unido anunciou esta quarta-feira que vai ordenar a expulsão de 23 diplomatas do País, na sequência do envenenamento do espião Serguei Skripal.
A primeira-ministra Theresa May diz que não restam dúvidas de que a Rússia está por detrás do envenenamento do antigo espião russo, condenado por passar informação para o ocidente e da sua filha em Salisbury, que deixou pai, filha e um polícia com ferimentos muito graves.
Primeira ministra britânica diz ser "intolerável" que um cidadão britânico seja morto no seu país.
May diz ainda que vai suspender todas as conversações de alto nível previstas com o governo de Vladimir Putin, que insiste em negar o envolvimento da Rússia no caso.
Skripal chegou ao Reino Unido em 2020, depois de cumprir parte da pena de 13 anos a que havia sido condenado na Rússia por passar segredos para o Ocidente. Foi-lhe atribuída a cidadania britânica e vivia em Inglaterra com a família. Na semana passada, ele e a filha foram atacados com um químico que se apurou ser um agente nervoso de origem russa. Está no hospital, em condição crítica, tal como a filha. Um agente da polícia que foi a primeira pessoa a assistir os feridos - encontrados inconscientes na via pública, também está internado com ferimentos graves.
Esperadas retaliações do lado Russo
Depois de a Rússia ter, na manhã desta quarta-feira, exigido provas do seu envolvimento no envenenamento de Kripal, voltando o governo a clamar não ter nada a ver com o assunto, é de esperar que Moscovo responda ao anúncio da expulsão de diplomatas com uma medida semelhante aplicada ao pessoal que representa o Reino Unido na Rússia.
Guterres condena uso de agente neurotóxico considerando "inaceitável"
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, considerou "inaceitável" o uso de um agente neurotóxico contra um ex-espião russo no Reino Unido, disse hoje um porta-voz da organização.
"A utilização de agentes neurotóxicos como arma em qualquer circunstância é inaceitável", disse Farhan Haq em conferência de imprensa.
A declaração surgiu após o porta-voz ter sido questionado sobre a posição do responsável máximo da ONU, que até agora não se tinha pronunciado sobre esta questão, que começou há dez dias e se agravou centrando a atenção internacional nos últimos dias.
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