Tropas dos EUA deixam base aérea de Bagram no Afeganistão
Local foi centro de combate ao jihadismo durante 20 anos.
As últimas forças dos contingentes dos EUA e da NATO deixaram esta sexta-feira a base aérea de Bagram, 40 km a norte de Cabul, que durante 20 anos foi o centro do combate contra o jihadismo. A retirada é vista como um primeiro sinal de que o presidente Joe Biden pretende cumprir a promessa de terminar a retirada de forças norte-americanas do Afeganistão até ao dia 11 de setembro.
Até há escassas semanas havia ainda no país cerca de três mil efetivos dos EUA e sete mil de outros países da coligação. Contudo, a maioria destes efetivos já saiu ou está de saída, depois de Alemanha e Itália terem na quarta-feira declarado o fim das respetivas missões. Quanto aos EUA, a partir de 11 de setembro deixará somente mil efetivos com funções de treino e aconselhamento aos militares afegãos.
A retirada surge numa altura em que se repetem os ataques dos talibãs, que se apossaram de várias áreas do país, aproveitando o vazio de segurança deixado pela partida dos contingentes internacionais.
A base aérea de Bagram foi construída pela Rússia nos anos 80 e passou a ser um dos principais centros operacionais dos EUA a partir de 2001, desde o início da campanha militar em resposta aos atentados de 11 de setembro. Num ato de enorme simbolismo, foi levado de Nova Iorque um pedaço das Torres Gémeas para sepultar no perímetro da base.
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