Trump nega culpas do príncipe saudita na morte de jornalista
Presidente dos EUA reitera que relatório da CIA não conclui nada sobre a ordem para matar.
Opresidente dos EUA negou esta sexta-feira que a CIA tenha provas de que o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, ordenou o assassínio do jornalista Jamal Khashoggi. A garantia de Donald Trump surge um dia depois de um jornalista turco afirmar que a espionagem norte- –americana gravou um telefonema em que o príncipe pede para que o jornalista "seja calado o mais cedo possível".
Trump não comentou as alegações do jornalista turco, limitando-se a negar, como já tinha feito antes, que o relatório apresentado pela CIA há uma semana, no qual se enumeram inúmeros indícios da implicação de bin Salman, seja conclusivo. Questionado por jornalistas, o presidente fala de "falsas notícias" e afirma: "Eles não concluem! Peço desculpa, mas não concluem! Têm convicções. Eu tenho o relatório... eles não concluem nada e não sei se alguém poderá alguma vez concluir que o príncipe saudita fez isso".
Khashoggi foi morto a 2 de outubro no consulado saudita em Istambul e a Turquia desde cedo apontou o dedo ao príncipe.
A Arábia Saudita, por seu lado, começou por negar o crime e depois construiu uma narrativa cheia de contradições. A investigação oficial saudita levou a duas dezenas de detenções mas eximiu de culpas bin Salman.
Esta situação ameaça ensombrar a presença de bin Salman na cimeira do G20, no final do mês, em Buenos Aires. A Turquia fez saber que a delegação turca evitará contactos com os sauditas.
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