Trump processa governo para impedir análise a mais de 300 documentos apreendidos nas buscas do FBI
Ex-presidente está a ser acusado de armazenar ilegalmente registos confidenciais na sua propriedade na Florida.
Donald Trump apresentou, esta segunda-feira, uma ação contra o governo norte-americano após buscas do FBI à sua mansão de luxo Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Florida. Segundo avança a Reuters, um dos objetivos da ação judicial é travar temporariamente a leitura do material apreendido pelas autoridades até que o tribunal nomeie um profissional para supervisionar a sua análise.
O lote inicial de documentos recuperados pelo Arquivo Nacional do ex-presidente Donald Trump, em janeiro, incluía mais de 150 docomentos marcados como classificados, um número que suscitou preocupação no Departamento de Justiça e ajudou a desencadear a investigação criminal que levou os agentes do FBI a entrar na mansão de luxo Mar-a-Lago, no início de agosto.
Segundo o The New York Times, no total, o governo norte-americano recuperou mais de 300 documentos sensíveis desde que o ex-presidente deixou o cargo na Casa Branca. Trump manteve estes documentos na sua propriedade da Flórida, apesar do governo ter solicitado a sua entrega assim que Biden lhe sucedeu como presidente dos EUA.
A natureza destes documentos ainda não é conhecida, mas as 15 caixas que Trump entregou aos arquivos em janeiro, quase um ano após ter deixado o cargo, incluíam documentos do CIA, da Agência de Segurança Nacional e do FBI abrangendo uma variedade de tópicos de interesse para a segurança nacional.
A natureza altamente sensível de algum do material das caixas levou os funcionários dos arquivos a remeter o assunto para o Departamento de Justiça, que no espaço de meses tinha convocado uma investigação do grande júri.
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