"Vai ser uma vergonha mundial”: Socióloga critica megaoperação no Rio de Janeiro contra o 'Comando Vermelho'
Número de mortos ainda não está fechado, mas até então, as autoridades confirmaram 132 mortos, incluindo quatro polícias.
A socióloga Julita Lemgruber criticou, esta quarta-feira, o uso indiscriminado da força policial na operação mais mortal do Rio de Janeiro contra a organização criminosa "Comando Vermelho".
O rastro de morte, o luto e o medo pelas ruas contrastam com a agitação habitual da cidade brasileira. O número de mortes ainda não está fechado, mas até então, as autoridades confirmaram 132 mortos, incluindo quatro polícias.
Segundo o meio brasileiro Globo, a socióloga e diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, Julita Lemgruber, teceu várias críticas e destacou a falta de planeamento na megaoperação que envolveu mais de 2 500 operacionais. "Isto vai ser uma vergonha mundial”, acusou.
“Colocaram na rua polícias, certamente mal treinados, com pouca experiência, numa operação que envolveu centenas de agentes”, afirmou. A profissional considerou que “certamente, não combinaram com o governo uma vez que 25 bairros foram afetados e várias vias foram interditadas”. Nesse sentido, acredita que “é óbvio que revela uma operação que não foi planeada".
O governador da cidade, Cláudio Castro, defendeu que a operação ocorreu sobre mandado judicial e foi o resultado de mais de um ano de investigação. Segundo Cláudio Castro, no seguimento da investigação, a intervenção foi planeada durante 60 dias com o Ministério Público.
Tendo em conta a escalada de tensão durante a operação, o governo do estado do Rio de Janeiro reforçou o policiamento em 40% por toda a cidade com o objetivo de manter a “normalidade”.
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