Venezuela revoga licença da TAP e outras cinco companhias aéreas

Ministério dos Transportes acusa companhias de "se juntarem às ações de terrorismo do Estado promovidas pelo Governo dos EUA".

27 de novembro de 2025 às 08:51
TAP Foto: Mário Cruz/Lusa
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O Governo venezuelano cumpriu a ameaça e revogou as licenças de operação de várias companhias aéreas internacionais, entre as quais a TAP, acusando-as de se "unirem aos atos de terrorismo" promovidos pelos EUA.

Horas depois do prazo estipulado pelas autoridades venezuelanas às companhias aéreas, o Ministério dos Transportes da Venezuela e o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) do país anunciaram na quarta-feira a decisão, que afeta a Iberia, a TAP, a Avianca, a Latam Colombia, a Turkish Airlines e a Gol.

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A ordem de revogação foi publicada no Diário da República da Venezuela, sendo que o Ministério dos Transportes acusa as companhias aéreas visadas de "se juntarem às ações de terrorismo de Estado promovidas pelo Governo dos Estados Unidos", estão assim suspensas "todas as operações comerciais aéreas de e para a Venezuela", cita o jornal espanhol El País.

A TAP anunciou o cancelamento dos voos de sábado e de terça-feira para a Venezuela, na sequência da informação das autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos sobre a situação de segurança no espaço aéreo do país, de acordo com o indicado pela empresa. Numa nota emitida, a companhia explica que a decisão "decorre de informação emitida pelas autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos da América, que indica não estarem garantidas as condições de segurança no espaço aéreo venezuelano, nomeadamente na zona de informação de voo Maquetia".

Fonte oficial da companhia já havia confirmado ao CM que "o espaço aéreo não é seguro", aquando do cancelamento de um voo para Caracas no dia 22 de novembro.

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Nas últimas semanas os EUA realizaram cerca de 20 ataques áereos nas Caraíbas e no Pacífico contra embarcações que alegam serem utilizadas para transporte de droga. Por outro lado, a Venezuela acusa Washington de usar o pretexto do narcotráfico "para impor uma mudança de regime" em Caracas e apoderar-se do seu petróleo.

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