Governos dos Sudeste Asiático devem ter como prioridade estagnar este surto.
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Milhões de porcos foram abatidos nos últimos meses um pouco por toda a Ásia devido ao surto de peste suína africana, com alguns especialistas a classificarem-no como o maior da história.
"Este é o maior surto de doença animal da história", disse o epidemiologista veterinário da Universidade de Hong Kong, Dirk Pfieffer, à agência de notícia Associated Press.
"Nós nunca tivemos nada como isto", acrescentou.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontou na quinta-feira que os governos dos Sudeste Asiático devem ter como prioridade estagnar este surto, que só na China e no Vietname já provocou o abate de 3,7 milhões de suínos.
"A contenção da doenças em animais, no seu sentido mais amplo, deve ser priorizada nos níveis mais altos dos governos", defendeu a FAO.
A peste suína africana não é transmissível aos seres humanos, mas é fatal para porcos e javalis. A atual onda de surtos começou na Geórgia, em 2007, e espalhou-se pela Europa do leste e Rússia, antes de chegar à China, em agosto passado.
Com o fornecimento de suínos a diminuir à medida que a principal produtora, a China, e o Vietname destroem um grande número de suínos e aumentam o controlo sobre os embarques, os preços dispararam até 40% em algumas partes do mundo.
Na Coreia do Sul, onde os regimes alimentares dependem muito da carne suína, existe uma grande preocupação de que um surto possa prejudicar uma indústria que conta com mais de 11 milhões de suínos.
A China registou 139 surtos em 32 províncias.
A produção de carne suína chinesa deste ano pode cair até 35%, de acordo com uma análise do banco holandês Rabobank.
No Vietname, militares e agentes policiais foram mobilizados para ajudar a conter o surto, disseram autoridades do país. Segundo a FAO, já foram abatidos 2,6 milhões de suínos no Vietname.
O abate maciço no Vietname pode colocar muitos agricultores na pobreza, disse o coordenador regional do Centro de Emergência para Doenças Transfronteiriças da FAO, Wantanee Kalpravidh.
Em maio, o primeiro-ministro vietnamita, Nguyen Xuan Phuc, pediu às autoridades que evitassem que a doença, encontrada em 58 das 63 províncias, se transformasse numa epidemia.
Cerca de 2,4 milhões de famílias vietnamitas dedicam-se à criação de porcos em pequena escala.
O Ministério da Agricultura do Laos informou esta sexta-feira a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre os primeiros casos de surto de peste suína africana no país, confirmando a expansão do vírus no Sudeste Asiático.
As autoridades do país encontraram infeções em sete quintas na província de Salavan, no sul do país, e como consequência tiveram de ser abatidos 973 animais, segundo um comunicado da OIE.
No Camboja, mais de 2.400 porcos morreram ou foram abatidos desde abril numa província do leste da fronteira com o Vietname, informou a FAO.
As autoridades de Hong Kong abateram 10.700 suínos em dois surtos, incluindo um desencadeado por um animal importado da China continental que estava infetado. Em Taiwan foram encontrados dois porcos mortos infectados, segundo a FAO.
No início do mês, a Coreia do Sul afirmou estar preocupada com o facto da Coreia do Norte estar a ignorar os seus apelos para promoverem esforços conjuntos para conter a propagação do surto norte-coreano de peste suína africana.
O Ministério da Agricultura da Coreia do Sul informou então que exames ao sangue de porcos em cerca de 340 explorações próximas da fronteira realizados tinham voltado a dar resultados negativos.
Centenas de cercas e armadilhas foram instaladas à volta das explorações para evitar que os suínos entrem em contacto com javalis selvagens que entram e saem da Coreia do Norte.
Seul diz que o Norte não respondeu a propostas de esforços conjuntos de quarentena.
Tailândia e outros países da regia, ainda livres de infeções, tomaram já fortes medidas de prevenção como a proibição de importação de carne de porco.
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