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Zelensky aceita acordo mas há "detalhes" por resolver

Casa Branca confirma “tremendos progressos” nos últimos dias, mas diz que são precisas mais negociações. Presidente ucraniano quer reunir-se com Trump ainda esta semana.

26 de novembro de 2025 às 01:30

Fonte oficial da Administração Trump anunciou na terça-feira que a Ucrânia já terá aceitado o plano de paz proposto pelos EUA e faltam apenas acertar “pequenos detalhes”, os quais deverão ser discutidos num encontro entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump nos próximos dias. A Rússia ainda não se pronunciou.

“Os ucranianos aceitaram o acordo de paz. Há pequenos detalhes que têm de ser acertados, mas eles estão de acordo com o plano”, disse a referida fonte à CBS News. A Casa Branca confirmou, por seu lado, que foram feitos “tremendos progressos” nos últimos dias. “Restam alguns detalhes, delicados mas não inultrapassáveis, que têm de ser resolvidos e que necessitam de mais negociações entre a Ucrânia, a Rússia e os Estados Unidos”, afirmou, por seu lado, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. “Estamos muito perto de um acordo”, confirmou o Presidente Donald Trump, que na véspera já tinha dito que “algo bom pode estar prestes a acontecer”.

Do lado ucraniano, Zelensky confirmou aos aliados europeus que a Ucrânia “está pronta para avançar” com a proposta americana e que espera discutir os “pormenores mais sensíveis” com Trump nos próximos dias. Rustem Umerov, o secretário de segurança ucraniano que participou nas negociações de domingo em Genebra com o Secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, confirmou que as partes “alcançaram um entendimento sobre os principais assuntos” e adiantou que o líder ucraniano espera reunir-se “muito em breve” com Trump para acertar os últimos detalhes.

A luz verde da Ucrânia ao acordo surge depois de Kiev ter conseguido introduzir “alterações significativas” à proposta original de paz de Trump apresentada na semana passada, que foi muito criticada por ser claramente favorável à Rússia, nomeadamente, por incluir a cedência de todo o Donbass a Moscovo e a garantia de que a Ucrânia nunca faria parte da NATO.

A Rússia não comentou os últimos avanços, mas o MNE Sergei Lavrov avisou que, se o plano que está a ser negociado diferir daquilo que foi discutido entre Trump e Putin em agosto, na Cimeira do Alasca, quando o líder russo recusou ceder um milímetro nas suas exigências para acabar com a guerra, “a situação será fundamentalmente diferente”.

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