Um estudo levado a cabo pela Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, descobriu que populações europeias com níveis mais baixos de vitamina D tiveram uma taxa de mortalidade significativamente maior. Outro estudo, realizado na Indonésia, revelou que 98,9% dos pacientes do Covid-19 com deficiência de vitamina D morreram. A 'dieta do sol' pode, assim, ser um forte aliado no combate à doença que nos veio mudar a vida em 2020.
"A vitamina D tem uma ação anti-inflamatória, principalmente se for administrada em doses mais altas", diz o professor Adrian Martineau, professor clínico de infecção respiratória e imunidade na Universidade Queen Mary de Londres.
"Quando a vitamina D é produzida na pele, ela é convertida no fígado para uma forma que circula pelo corpo. Isso cria uma substância antibiótica natural no revestimento das vias aéreas, que pode destruir vírus e bactérias, matando-os", afirma Adrian Martineau.
Com base nestes novos dados, o professor Martineau está a desenvolver um estudo com cerca de 12 mil pessoas no qual analisa se a deficiência de vitamina D é um fator de risco para o Covid-19, tendo assim dados mais concretos.
Além da exposição solar, há alimentos que podem ajudar a adquirir vitamina D
Alguns dos alimentos que podem ser aliados para conseguir obter vitamina D, caso a exposição solar não seja suficiente, são o salmão, atum, sardinha, cavala ou truta, em caso de peixes. Pode também conseguir esta vitamina em cogumelos, gemas ou mesmo óleo de fígado de bacalhau, este último uma fonte com bastante concentração de vitamina D.
O leite integral, de soja, de amêndoa ou iogurtes também têm na sua composição vitamina D.
Os portugueses têm falta de vitamina D?
Os estudos feitos em Portugal demonstram que 80% da população tem valores inferiores ao normal. O normal é de 30 a 100 unidades diárias e há pessoas que têm 12, 13, 14, afirma o médico Pedro Lôbo do Vale.