Presidente brasileiro reconheceu que é necessário tomar medidas, mas considerou injustas as críticas e os "dados exagerados".
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No habitual direto das quintas-feiras, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, rejeitou as críticas europeias ao seu descaso com a Amazónia, classificou a Europa como uma seita ambiental e chegou a acusar os índios de serem responsáveis pela devastação na floresta. Segundo Bolsonaro, os europeus não estão preocupados com a floresta e sim com as riquezas do Brasil e as críticas que lhe dirigem são parte de uma disputa por interesses económicos, nomeadamente na área do agronegócio.
"O Brasil é uma potência no agronegócio. A Europa é uma seita ambiental, não preservaram nada e atiram em cima de nós o tempo todo de forma injusta, é uma briga comercial. Há interesse em todo o Brasil, somos bombardeados 24 horas por dia. Parte dos media aproveita para criticar o governo, como se nos governos anteriores a questão ambiental estivesse uma maravilha", declarou Jair Bolsonaro na sua transmissão pelo Facebook e pelo youtube.
O presidente brasileiro reconheceu que é necessário tomar medidas, mas considerou injustas as críticas que recebe sobre a devastação na Amazónia, acrescentando que os dados negativos são exagerados e até, segundo ele, adulterados, de propósito para o atingir. E chegou ao ponto de, reforçando que a culpa pela destruição ambiental no Brasil não é dele, dizer que os índios e outros povos tradicionais que habitam a Amazónia são os culpados pelos incêndios e derrubada de árvores.
"Somos o tempo todo acusados injustamente de maltratar o meio ambiente no Brasil. A imprensa lá fora criticando o Brasil, imprensa que fraudou números para criticar o governo, ficam ameaçando o tempo todo. Noventa por cento desses focos de calor (os incêndios na Amazónia) são em áreas desmatadas, não é novo incêndio. E cinco por cento são em terras indígenas, é o índio que faz isso", acrescentou Bolsonaro, tentando eximir-se de qualquer parcela de culpa pelo forte aumento da devastação da Amazónia verificado, e confirmado por órgãos brasileiros e imagens de satélites internacionais, desde o início do seu governo.
Aliás, Bolsonaro não reconhece o aumento de devastação da floresta, invadida em massa por milhares de garimpeiros em busca de ouro e outros minerais preciosos, por madeireiros que derrubam árvores centenárias e por agricultores que destroem a Amazónia para aumentarem as suas propriedades, incentivados pelo governo. Bolsonaro reconhece apenas que não está indo bem, mas nega o volume e as consequências desses ataques à floresta.
"Não é que estamos indo bem, tem coisas para fazer. Mas não é esse trauma todo que fazem contra o Brasil", completou.
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