Abatido sequestrador armado que fez reféns em sinagoga no Texas para libertar terrorista da Al-Qaeda
Forças especiais do FBI assaltaram edifício após dois dos reféns terem conseguido fugir.
Ricardo Ramos
17 de Janeiro de 2022 às 08:02
Forças especiais do FBI abateram na madrugada de ontem um homem que fez reféns numa sinagoga dos arredores de Forth Worth, no Texas, durante mais de 10 horas. O sequestrador, que dizia ter várias bombas, exigia a libertação de Aafia Siddiqui, uma terrorista conhecida como ‘Senhora Al-Qaeda’ que está a cumprir 86 anos de cadeia nos EUA.
O homem, cuja identidade não foi revelada mas que tem nacionalidade britânica, entrou na sinagoga Beth Israel, na localidade de Colleyville, enquanto decorria um serviço religioso, fazendo reféns o rabino e três fiéis. A celebração estava a ser transmitida via ‘streaming’ e durante as horas iniciais do sequestro ouviu-se o homem dizer que não queria fazer mal a ninguém e que, provavelmente, iria acabar por morrer.
Nas negociações com o FBI, o sequestrador exigiu a libertação de Siddiqui, que alegou ser sua irmã, e acabou por aceitar libertar um dos reféns ao fim de seis horas. Os acontecimentos precipitaram-se cerca de quatro horas depois, quando dois dos restantes reféns conseguiram fugir, altura em que elementos da Equipa de Resgate de Reféns do FBI tomaram de assalto o edifício, matando o sequestrador e libertando o refém restante. Nenhum dos reféns sofreu ferimentos e o presidente Joe Biden afirmou que se tratou de um "ato de terrorismo".
Terrorista foi a mais procurada do FBIAafia Siddiqui foi durante vários anos a mulher mais procurada pelo FBI. Nascida no Paquistão, estudou nos EUA e radicalizou-se após o 11 de Setembro. Regressou ao Paquistão, onde terá casado com um sobrinho de Khalid Sheikh Mohammed, arquiteto do ataque às Torres Gémeas. Conhecida como ‘Senhora Al-Qaeda’, foi capturada em 2008 no Afeganistão com cianeto e planos para ataques em Nova Iorque. Durante um interrogatório, agarrou uma arma e disparou sobre militares americanos, sem fazer vítimas. Foi condenada nos EUA a 86 anos de prisão.
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