A edição de hoje
Submarino transportava cinco ocupantes que tinham o desejo de conhecer os destroços do Titanic.
Um ano após o 'Titan' ter desaparecido no fundo do oceano Atlântico (Norte), cerca de 600 quilómetros a sudeste do Canadá, quando transportava cinco ocupantes que tinham o desejo de conhecer o fundo do mar, foi movida uma ação judicial por homicídio por negligência. Este processo alega que a tripulação a bordo do submersível estava consciente da morte iminente antes deste implodir.
De acordo com o The Guardian, o processo foi movido pela família do explorador francês que morreu na implosão, Paul-Henri Nargeolet. Conhecido como "Mr Titanic", participou nos 37 mergulhos anteriores aos destroços e estava a bordo do submersível quando este falhou em junho de 2023.
Todos os cinco tripulantes - que terão pago 230 mil euros para visitar os destroços do Titanic - morreram. Entre eles, o explorador britânico Hamish Harding, o empresário britânico paquistanês Shahzada Dawood e o filho Suleman, e o CEO da Oceangate, Stockton Rush.
Segundo a mesma fonte, a família de Nargeolet entrou com uma ação por homicídio por negligência contra a OceanGate, que fabricou o submersível e administrou a viagem e desde então encerrou as operações.
acusa a OceanGate e a Rush de negligência e alega que muitos dos detalhes sobre as falhas e deficiências do navio foram propos
"A implosão catastrófica que tirou a vida de Nargeolet foi devida ao descuido, imprudência e negligência persistentes" da OceanGate, Rush e outros réus, afirma o processo, que pede pelo menos 50 milhões de dólares de indemnização. O mesmo
alega que é provável que eles soubessem que o submersível estava prestes a implodir.
"Embora a causa exata da falha nunca possa ser determinada, os especialistas concordam que a tripulação do Titan teria percebido exatamente o que estava a acontecer
"Embora a causa exata da falha nunca possa ser determinada, os especialistas concordam que a tripulação do Titan teria percebido exatamente o que estava a acontecer", afirma o processo citado pelo The Guardian.
"O 'sistema de segurança acústica' teria alertado a tripulação de que o casco de fibra de carbono estava a rachar sob pressão extrema – levando o piloto a aliviar o peso e a tentar abortar. O senso comum dita que a tripulação estava bem ciente de que iria morrer, antes de morrer", alega.
Como o mecanismo de segurança para aliviar o peso em resposta à fissura no casco não funcionou, o mesmo defende que a tripulação "pode muito bem ter ouvido o ruído de estalo da fibra de carbono a ficar mais intenso à medida que o peso da água pressionava o casco do Titan".
"Segundo os cálculos dos especialistas, eles teriam continuado a descer, com pleno conhecimento das falhas irreversíveis da embarcação, sentindo terror e angústia mental antes do Titan finalmente implodir", refere.
Na semana passada, Rory Golden, amigo próximo de Nargeolet, que estava a bordo do navio de apoio ao submersível quando o desastre ocorreu,
o medo e a atmosfera de falsas esperanças durante o esforço de resgate fracassado.
"Tínhamos essa imagem nas nossas cabeças. Eles lá em baixo, a ficar sem oxigénio no frio congelante, terrivelmente assustados",
Na semana passada, Rory Golden, amigo próximo de Nargeolet, que estava a bordo do navio de apoio ao submersível quando o desastre ocorreu, falou sobre o medo e a atmosfera de falsas esperanças durante o esforço de resgate fracassado. "Tínhamos essa imagem nas nossas cabeças. Eles lá em baixo, a ficar sem oxigénio no frio congelante, terrivelmente assustados", disse à BBC News.
Após o desastre, a Guarda Costeira dos EUA uma investigação ao
incidente para determinar a sua causa.
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