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Acidentes ferroviários na Península Ibérica

O descarrilamento de um comboio, esta quarta-feira, em Santiago de Compostela, Espanha, foi um dos mais graves que se registou nos últimos 50 anos, não só em Espanha, mas também na Europa.

25 de julho de 2013 às 15:22

O acidente ocorrido perto de Santiago de Compostela, que provocou pelo menos 80 mortos e mais de 140 feridos, é o segundo acidente ferroviário mais grave registado em Espanha.

A 3 de janeiro de 1944, ocorreu o acidente mais grave de toda a história ferroviária espanhola. Um comboio expresso, que fazia a ligação entre Madrid e a Galiza, colidiu dentro de um túnel com uma locomotiva, perto da Torre del Bierzo. Estima-se que o acidente tenha provocado mais de meio milhar de mortos, mas o número oficial foi reduzido para 78 mortos e 75 feridos, segundo investigadores, pela censura praticada pelo regime de Franco.

O terceiro acidente mais grave ocorrido em Espanha registou-se a 21 de julho 1972. A colisão entre dois comboios na Andaluzia provocou 77 mortos e 103 feridos. Esta tragédia ficou conhecida como o acidente de El Cuervo.

Segue-se na lista de acidentes ferroviários mais graves, o descarrilamento de um comboio do metro de Valência, a 3 de julho de 2006, que provocou 43 mortos e 47 feridos.

A 24 de setembro, 1980 um comboio que fazia a ligação Madrid-Valência colidiu com um autocarro numa passagem de nível, na localidade de Chirivella, que tinha as barreiras levantadas. Neste acidente perderam a vida 27 pessoas e 40 ficaram feridas.

A 25 de março de 1988, um autocarro que atravessava uma passagem de nível sem barreiras, foi colhido por um comboio que fazia a ligação Zaragoza-Barcelona. Entre as 15 vítimas mortais, estavam 10 crianças, quatro professores, uma das quais grávida, e o motorista.

ACIDENTES EM PORTUGAL

Na Península Ibérica, colisões e descarrilamentos de comboios já fizeram centenas de mortos. Em Portugal, o acidente de Alcafache, ocorrido a 11 de Setembro de 1985, provocou mais de centena e meia de mortos. Presume-se que tenham morrido neste acidente entre 150 a 170 pessoas. Os passageiros eram na sua maioria emigrantes em França que regressavam a casa depois das férias de Verão. No ano seguinte, a 5 de maio, na Estação de Póvoa de Santa Iria, um comboio rápido embateu na traseira de um comboio regional, provocando 17 mortos e 80 feridos.

A 26 de julho de 1964, ocorreu um desastre ferroviário em Custóias, na Linha do Litoral Minho, que liga o Porto à Póvoa de Varzim e Famalicão. A última carruagem desengatou-se do resto da composição e colidiu com um pontão. O acidente foi provocado por excesso de peso devido a sobrelotação, embora também se aponte como causa possível o excesso de velocidade. Estima-se que deste acidente tenham resultado entre 91 a 102 vítimas mortais.

Em Novembro de 1997, dois comboios colidiram junto à Estação Ferroviária de Estômbar (Lagoa), na Linha do Algarve, causamdo seis mortos e 14 feridos.

O desastre ferroviário mais recente registado em Portugal registou-se a 21 de janeiro de 2013 na estação de Alfarelos. Dois comboios colidiram, provocando 21 feridos e interrompendo a linha do norte durante três dias.

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