A edição de hoje
Estação central, embora seja propriedade do Departamento de Transportes, era até agora controlada por empresas privadas.
A administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta quarta-feira que vai assumir o controlo da estação ferroviária Union Station, em Washington, no âmbito da estratégia do republicano de reduzir a criminalidade e controlar a capital federal.
"Vamos retomar a gestão total pelo Departamento dos Transportes e vamos fazer investimentos para garantir que esta estação não esteja suja e que não haja sem-abrigo", afirmou o secretário dos Transportes, Sean Duffy, na Union Station durante a apresentação dos novos comboios de alta velocidade NextGen Acela.
Duffy, que estava ao lado do presidente da Armtrack, a empresa pública de transportes ferroviários dos Estados Unidos, defendeu que a estação deve ser um "local atrativo" e que tem sido negligenciada.
"Precisamos de investir aqui, (a estação) tem sido negligenciada durante décadas e isso nota-se. Queremos fazer deste lugar a estação de comboios mais importante, não só da América, mas do mundo", sublinhou.
A estação central, embora seja propriedade do Departamento de Transportes, era até agora controlada pela empresa privada Union Redevelopment e pela Amtrak.
"Hoje anunciamos que vamos retomar o controlo direto da estação, não como uma jogada de poder, sempre o tivemos, mas acreditamos que podemos gerir melhor a propriedade, atrair mais pessoas e aumentar as receitas", insistiu Duffy.
Este é um novo passo da administração Trump para assumir o controlo da capital federal, o que tem levado a vários confrontos com as autoridades democratas locais, bem como com ativistas e organizações que acusam a Casa Branca de aproveitar a sua alegada guerra contra o crime para deter imigrantes sem documentos.
"Ele (Trump) quer que a Union Station volte a ser bonita, quer que o trânsito volte a ser seguro e quer que a capital da nossa nação volte a ser fantástica", acrescentou o secretário dos Transportes.
Nas últimas semanas, Trump aumentou o número de agentes federais e de imigração na capital do país, ao mesmo tempo que assumiu o controlo do departamento de polícia da cidade e ativou 800 membros da Guarda Nacional, que somados aos soldados enviados por outros seis estados republicanos perfazem um total de 2.000 operacionais mobilizados.
A Union Station tem sido um dos locais da capital federal onde o exército tem estado mais presente.
Os argumentos de insegurança mencionados pela administração Trump são contrariados pelas estatísticas do departamento de polícia local que mostram que os crimes violentos em Washington diminuíram nos últimos anos.
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