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Alemanha aprova projeto lei para atrair mais voluntários para o serviço militar e quer colocar 260 mil soldados no ativo

Chanceler alemão alega necessida face à "ameaça russa" e responsabilidade da Alemanha em contribuir para a defesa do território da NATO.

27 de agosto de 2025 às 19:18

O governo alemão aprovou um projeto de lei que pretende introduzir o serviço militar voluntário, estabelecendo as bases para o aumento do recrutamento. A medida, aprovada pelo Conselho de Ministros, quer colocar cerca de 260 mil soldados no ativo, mais de 80 mil do que o número atual.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, assim como o ministro da Defesa, justificaram esta necessidade com a "ameaça russa" e a responsabilidade da Alemanha em contribuir para a defesa do território da NATO. 

O plano contempla ainda que o serviço se torne obrigatório, se necessário. A medida é ainda possível se for decretado o estado de defesa ou conflito no país, se a situação exigir uma pronta intervenção das forças armadas "que não possa ser alcançada voluntariamente", como está presente no projeto lei citado pelo jornal alemão Die Welt.

O diploma precisa ainda de ser aprovado pelo parlamento alemão. 

"Já disse antes que, dado o seu tamanho e capacidade económica, a Alemanha deve ter o maior exército convencional da Europa", referiu o cancheler Friedrich Merz, citado pelo jornal El Confidencial. 

Já o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, reiterou não ser apenas necessário um exército "melhor equipado", mas também "um exército maior", sendo por isso importante a atração dos mais jovens e "tornar a formação e remuneração mais atrativas", referiu. "Esta não é uma lei qualquer, é um passo à frente", apontou. 

A medida está em linha com o pacto dos membros da NATO alcançado em julho deste ano, em os países parceiros se comprometem a alocar 5% para a defesa até 2025. O texto final da Cimeira em Haia, nos Países Baixos, explica que o investimento é feito em duas rubricas: 3,5% para investimento direto em armamento e Defesa e 1,5% para áreas como proteção de infraestruturas críticas, defesa de redes ou reforço da indústria de defesa.

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