Antigo advogado do presidente confessou em tribunal ter recebido ordens para comprar o silêncio de Daniels e Karen McDougal.
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O presidente dos EUA, Donald Trump, teve esta quarta-feira o pior dia de sempre desde que foi eleito, com dois dos seus ex-colaboradores em tribunal. Um deles foi Michael Cohen.
O antigo advogado de Trump confessou oito crimes graves, entre eles financiamento ilegal de campanha eleitoral. Em causa está uma ordem que terá recebido de Trump para comprar o silêncio de duas ex-amantes do magnata antes das eleições de 2016.
Cohen fez um acordo que lhe garante redução da pena, de 65 anos para cerca de cinco, em troca de uma confissão que pode vir a revelar segredos ainda mais comprometedores para o presidente. Em causa está o alegado conluio com a Rússia para influenciar as eleições que levaram Trump ao poder.
"Ele está disposto a contar tudo o que sabe sobre Trump", alertou Lanny Davis, advogado de Cohen. E o que sabe é quase tudo. Sabe do encontro entre o filho de Trump e uma delegação russa, em junho de 2016, para revelar segredos sobre Hillary Clinton, a rival democrata nas presidenciais; e sabe também se Trump estava, ou não, a par da operação russa para piratear os computadores de Hillary.
Para já, Cohen admitiu ter recebido ordens de Trump para, em vésperas das presidenciais, pagar milhares de euros para calar a atriz porno Stormy Daniels e a antiga ‘coelhinha’ da Playboy Karen McDougal.
Os pagamentos violam a lei de campanha eleitoral, já que visaram proteger a imagem pública do candidato, podendo ser considerados financiamentos ilegais. Stormy e McDougal receberam mais de 100 mil euros cada uma, quando o tecto de donativos legais é de cerca de 2300 euros por pessoa.
"Se os pagamentos foram um crime para Cohen, por que não serão um crime para Trump?", perguntou Davis.
Ex-diretor de campanha presidencial condenado por delitos fiscais e bancários
Os delitos de Manafort foram cometidos antes de trabalhar para o magnata mas o processo foi iniciado graças ao comité que investiga Trump e a Rússia.
Trump elogia Manafort e ataca Michael Cohen
Quanto a Manafort, condenado ontem, elogiou a "coragem" do ex- -diretor de campanha por, "ao contrário de Cohen, não ceder a pressões e inventar histórias para se safar". Disse, ainda assim, que o caso Manafort nada tem a ver com ele.
PORMENORES
Risco de destituição
A lei dos EUA não permite que um presidente em exercício seja julgado, mas as revelações de Cohen podem levar a um processo de destituição de Trump. Contudo, para isso seria necessário a oposição democrata reconquistar, nas eleições de novembro, a maioria nas duas câmaras do Congresso.
Defesa nega "atos ilícitos"
O conselheiro jurídico de Donald Trump disse ontem que as alegações de Cohen "não envolvem o presidente em atos ilícitos". Rudy Giuliani diz mesmo que as acusações ao antigo advogado revelam nele "um padrão de mentiras e desonestidade" que põem em causa o seu caráter e eventuais alegações futuras.
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