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Agente russa usou sexo para espiar republicanos

Maria Butina, de 29 anos, usou sedução e paixão por armas para se tornar amante de membro da NRA, o lóbi das armas.

20 de julho de 2018 às 01:30

A russa Maria Butina, detida no passado domingo e acusada de espionagem, usou o sexo e a paixão pelas armas para se infiltrar nos círculos políticos republicanos. Segundo o processo judicial, Butina, de 29 anos, aproximou-se do partido do presidente Donald Trump insinuando-se junto de homens da National Rifle Association (NRA), poderoso grupo de defesa do direito de porte de armas e grande apoiante do Partido Republicano.

De acordo com a acusação, Butina vivia com um membro da NRA, que terá contactado em 2013 quando estava ainda na Rússia. Identificado apenas como ‘U.S. Person 1’ [‘Pessoa americana 1’], pensa-se que seja Paul Erickson, de 56 anos.

A relação que mantinha com ele desde 2015, ano em que se mudou para os EUA, seria puramente oportunista.

A russa terá por mais de uma vez mostrado desdém pelo companheiro, vendo-o como "um aspeto necessário das suas atividades". O Ministério Público diz ainda que "pelo menos uma vez, Butina ofereceu sexo a um indivíduo, que não era a ‘Pessoa 1’, em troca de um cargo num grupo de pressão".

A jovem russa entrou nos EUA com visto de estudante, mas alegadamente já ao serviço da espionagem russa. O homem a quem prestava contas seria Alexander Torshin, vice-governador do Banco Central da Rússia e homem próximo do presidente Vladimir Putin, que em abril foi alvo de sanções dos EUA. No processo, Torshin não é referido, mas pensa-se que seja um dos homens "identificados como membros do FSB", serviço de espionagem russo, com os quais Butina contactava.

Presente a tribunal na quarta-feira, Butina afirmou-se inocente de conspiração contra os EUA e de ser uma agente ao serviço de uma potência estrangeira, crimes que podem valer-lhe dez a 15 anos de cadeia. Devido ao risco de fuga foi detida sem direito a fiança.

Trump defende a Rússia e volta a criar polémica

Ainda a braços com a polémica da cimeira demasiado amigável com Vladimir Putin, em Helsínquia, Trump diz-se ansioso por nova reunião com o líder russo e criou uma nova polémica. Um jornalista perguntou-lhe se acredita que a Rússia continua a interferir nos EUA e ele disse: "Não." A Casa Branca alega que quis dizer "não" a mais perguntas e assegura que não duvida da interferência russa.

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