Protestam contra a queda de rendimentos, legislação ambiental e acordos de comércio livre.
Os agricultores belgas bloquearam esta terça-feira o acesso ao porto de Zeebrugge, um dos principais da Bélgica, e encheram Namur de tratores, noutra jornada de protestos contra queda de rendimentos, legislação ambiental e acordos de comércio livre.
Foram os agricultores da Flandres Ocidental quem bloqueou esta terça-feira à tarde o acesso ao porto, situado na cidade de Bruges, e pretendem manter esta situação pelo menos até ao fim da tarde de quarta-feira, segundo a agência de notícias Belga.
Em Namur, capital da região francófona da Valónia, com cerca de 100.000 habitantes, perto de 420 tratores encheram esta terça-feira as ruas, de acordo com a radiotelevisão pública francófona RTBF.
Na mesma cidade, está prevista na quarta-feira de manhã uma reunião dos sindicatos dos agricultores com o ministro-presidente da Valónia, Elio Di Rupo, o ministro regional da Agricultura, Willy Borsus, e a ministra do Ambiente, Céline Tellier.
Em Bruxelas, é esta terça-feira que o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, recebe os manifestantes.
Na quinta-feira, dia em que decorrerá uma cimeira de líderes da União Europeia (UE) na cidade, realiza-se também uma manifestação de agricultores com tratores, pelo que a polícia da capital belga avisou que se espera que haja problemas de circulação e aconselhou a utilização de transportes públicos.
Durante o dia desta terça-feira, os protestos na Bélgica continuaram a ser marcados por bloqueios de estradas em vários pontos do país.
Neste clima de descontentamento, a Comissão Europeia anunciou que vai aprovar na quinta-feira uma revogação temporária das normas europeias que obrigam a manter algumas terras em pousio.
A manutenção de terrenos de cultivo em pousio está a ser uma das questões criticadas nas manifestações em curso em diversos países da UE.
O próprio Governo francês já pediu uma nova revogação da obrigatoriedade de deixar 4% das terras em pousio.
Além disso, na quarta-feira, o executivo comunitário vai prorrogar a isenção de tarifas aduaneiras sobre as importações agroalimentares da Ucrânia, uma medida adotada em 2022 para apoiar o país confrontado com a invasão russa, mas que tem provocado queixas entre os agricultores de Estados como a Polónia, por causa da quantidade de produtos ucranianos que inunda os seus mercados internos.
No entanto, nesta nova extensão, espera-se que a Comissão Europeia inclua salvaguardas que permitam reagir a determinadas situações que afetem os mercados locais dos Estados-membros da UE.
Nos Países Baixos, os agricultores não se juntaram esta terça-feira aos protestos, apesar de o setor agrícola ter realizado numerosas manifestações nos últimos anos contra os planos governamentais de encerramento de explorações agrícolas para reduzir as emissões de gases de azoto e proteger a biodiversidade.
Esses protestos levaram à criação do Movimento Campesino-Cidadão (BBB), um partido que representa o setor agrícola neerlandês e que é atualmente um ator fundamental nas negociações em curso para formar um Governo de coligação liderado pelo candidato de extrema-direita, Geert Wilders.
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