page view

Alastra revolta contra decisão de Trump

Um israelita foi esfaqueado em Jerusalém. Protesto violento junto à embaixada dos EUA no Líbano.

11 de dezembro de 2017 às 01:30

Um palestiniano esfaqueou este domingo um segurança israelita e centenas de manifestantes tentaram invadir a embaixada norte-americana em Beirute, no Líbano, em mais um dia de protestos violentos contra a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Pelo quarto dia consecutivo, dezenas de milhares de pessoas saíram à rua em vários países muçulmanos para manifestar a sua revolta contra a decisão, embora nos territórios palestinianos os protestos tenham registado uma acalmia relativa, com exceção de Jerusalém, onde um palestiniano armado com uma faca atacou um segurança israelita à entrada do principal terminal rodoviário, ferindo-o gravemente. O agressor foi imobilizado por transeuntes e detido.

Já no Líbano, a polícia foi obrigada a usar gás lacrimogéneo para travar centenas de pessoas que tentaram avançar sobre a embaixada dos EUA em Beirute. Os manifestantes responderam lançando pedras e garrafas e cortaram as ruas com barricadas a arder, num dos protestos mais violentos dos últimos dias. Houve ainda manifestações em Marrocos, Turquia e Indonésia, no mesmo dia em que o Exército israelita anunciou ter destruído um túnel sob a fronteira de Gaza que ia ser usado pelo Hamas para lançar ataques no interior do Israel.

"Palestinianos têm de aceitar realidade"

O PM israelita, Benjamin Netanyahu, disse ontem que os palestinianos "devem aceitar a realidade" para que a região possa avançar para a paz. "Jerusalém é a capital de Israel há três mil anos. Nunca foi capital de outro povo", afirmou.

Sinagoga atacada na Suécia 

Cerca de vinte jovens mascarados lançaram sábado à noite vários cocktails Molotov contra uma sinagoga de Gotemburgo, na Suécia, e um edifício contínguo onde estavam reunidos jovens judeus. O ataque, que a polícia admite poder tratar-se de uma retaliação pela decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, não causou feridos nem danos avultados. Três dos atacantes foram detidos pelas forças de segurança.

PORMENORES

Gestos conciliadores

PR francês, Emmanuel Macron, que recebeu Benjamin Netanyhu, apelou ao PM israelita para fazer "gestos conciliadores", incluindo o congelamento da construção de colonatos.

Antissemitismo condenado

O governo alemão garantiu ontem que "não há lugar para o antissemitismo" no país, após manifestantes queimarem bandeiras israelitas em Berlim.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8