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Fundador do Wikileaks Julian Assange detido em Londres

Australiano é acusado de pirataria e conspiração por tentar aceder a um computador do governo dos EUA.

11 de abril de 2019 às 10:39

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi preso pela polícia britânica esta quinta-feira no interior da embaixada do Equador em Londres após lhe ser cancelado o asilo político dado em 2012.Esta quinta-feira o asilo foi cancelado por parte do governo do Equador e o mandado de detenção emitido em 2012 foi colocado em prática, acabando assim o australiano de 47 anos por ser detido.

Assange está a ser acusado pelos crimes de pirataria e conspiração quando tentou aceder a um computador do governo dos EUA, para obter informações confidenciais, de acordo com a agência Reuters. 

O fundador da WikiLeaks entrou na embaixada há sete anos após lhe ser concedido asilo. O australiano estava a ser acusado de assédio sexual na Suécia.

Esta quinta-feira o asilo foi cancelado por parte do governo do Equador e o mandado de detenção emitido em 2012 foi colocado em prática, acabando assim o australiano de 47 anos por ser detido.

A polícia foi convidada pelo embaixador a entrar no edíficio para deter Assange. "Julian Assange, de 47 anos, foi preso, quinta-feira, 11 de abril, em nome das autoridades dos Estados Unidos, às 10h53 horas, após a sua chegada a uma esquadra de polícia no centro de Londres. Este é um mandado de extradição", refere a polícia num comunicado, dando assim seguimento a um mandado emitido em 2012 por magistrados do Tribunal de Westminster.

O australiano já foi presente ao tribunal de primeira instância, o Tribunal de Magistrados de Westminster. Os Estados Unidos devem apresentar um pedido para a extradição de Julian Assange da Grã-Bretanha até 12 de junho, segundo avança a agência Reuters.O hacker foi condenado por violar a medida de coação e vai ser ouvido no dia 2 de maio. Até lá vai permanecer detido.

A advogada de Julian Assange, Jennifer Robinson, já tinha revelado através da rede social Twitter a detenção de Assange. Robinson alega que o fim do asilo do australiano se deveu a alegações de corrupção contra o presidente do Equador.

A organização WikiLeaks usou o Twitter para acusar os "atores poderosos", incluindo a CIA, de um esforço "sofisticado" para desumanizar Julian Assange.

Em 2010, a organização fundada por Assange divulgou mais de 90 mil documentos secretos relacionados com ações militares dos EUA no Afeganistão e 400 mil documentos sobre a guerra no Iraque.

Assange detido também na sequência de mandado de extradição dos EUA 

Governo do Equador tinha advertido Assange

"Nenhuma pessoa sob a jurisdição do Equador está acima da lei", sublinhou na sexta-feira passada o Ministério das Relações Exteriores daquele país sul-americano, ressalvando, contudo, que iria manter o asilo ao australiano, que também tem nacionalidade equatoriana.

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