Quase 100 pessoas foram condenadas à morte.
A Amnistia Internacional (AI) alertou esta sexta-feira para o aumento das execuções realizadas pelas autoridades da Arábia Saudita, onde, até agora, quase 100 pessoas foram condenadas à morte.
A organização de defesa dos direitos humanos diz, em comunicado, que o reino saudita realizou 158 execuções no ano passado, tornando-se o terceiro país com mais condenações à morte, depois do Irão e do Paquistão.
Este ano, pelo menos 94 pessoas já foram executadas, "mais do que por esta altura no ano passado", refere a Amnistia.
Se as execuções continuarem neste ritmo, a Arábia Saudita "terá matado mais de cem pessoas nos primeiros seis meses deste ano", avisou a organização.
"As execuções na Arábia Saudita têm aumentado dramaticamente nos últimos dois anos e esta terrível tendência não mostra sinais de estar a abrandar", afirmou o vice-presidente da secção da Amnistia para o Médio Oriente e Norte de África, James Lynch.
O responsável referiu "falhas profundas" no sistema de justiça do reino, "que significam que é completamente normal que as pessoas sejam condenadas à morte após julgamentos extremamente injustos".
Homicídios e tráfico de droga são a maioria dos crimes, apesar de 47 pessoas terem sido condenadas por acusação de terrorismo, num único dia, em janeiro.
Entre eles, estava o clérigo xiita Al-Nimr, cuja execução desencadeou tensão diplomática entre Riade e Teerão.
O seu sobrinho, Ali al-Nimr, que foi detido enquanto ainda era menor de idade, está atualmente no corredor da morte.
A sentença de morte de Nimr, que foi baseada em "confissões que ele disse que foram recolhidas através de tortura, é um flagrante exemplo do uso arbitrário da pena de morte depois de processos que descaradamente desprezam os padrões internacionais de direitos humanos".
James Lynch apelou às autoridades sauditas para anular aquela condenação e realizar "a repetição do julgamento, de uma forma que respeite os padrões internacionais de justiça, sem recurso à pena de morte".
A Arábia Saudita tem um código penal rígido, segundo o qual homicídio, tráfico de droga, assaltos armados, violação e apostasia são condenados com pena de morte.
"As autoridades sauditas devem terminar a sua dependência desta forma de punição cruel e desumana e estabelecer imediatamente uma moratória sobre as execuções", afirmou Lynch.
A maioria das execuções na Arábia Saudita são realizadas por decapitação com uma espada.
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