Erenice Guerra suspeita de integrar a máfia que pode ter desviado seis mil milhões de euros.
A presidente brasileira Dilma Rousseff, que já tem vários aliados entre os acusados de desvios milionários na Petrobrás, vê agora envolvida noutro escândalo mais uma pessoa próxima de si. Erenice Guerra, que durante anos foi o braço-direito de Dilma quando esta foi ministra da Presidência no governo de Lula da Silva e depois lhe sucedeu no cargo, está sob suspeita de integrar a máfia que pode ter desviado seis mil milhões de euros dos cofres públicos brasileiros, através do perdão ilegal de multas milionárias a empresas.
Documentos da Polícia Federal publicados na imprensa brasileira mostram uma procuração e um contrato de prestação de serviços entre Erenice Guerra e a subsidiária brasileira da gigante chinesa de telecomunicações Huawai, para tentar reduzir ou cancelar uma multa de 235 milhões de euros imposta pelo fisco do Brasil à empresa do gigante asiático. Pelo contrato, Erenice comprometia-se a lutar pelos interesses da fabricante chinesa na redução ou, preferencialmente, anulação da multa e, em caso de sucesso, auferiria como prémio que podia ascender aos 3,3 milhões de euros.
Num dos documentos, Erenice surge como sócia do advogado José Ricardo da Silva, apontado pela Polícia Federal como um dos supostos chefes de um grupo que furjava decisões do Conselho de Análise de Recursos Fiscais (CARF), uma espécie de tribunal do fisco, onde são analisados os recursos de empresas multadas.
Segundo informações da polícia, o grupo, do qual faziam parte advogados, lobistas e altos funcionários do CARF, cobrava "luvas" milionárias para reduzir fortemente, ou, em vários casos, cancelar as multas aplicadas às empresas, tendo gerado um prejuízo estimado em seis mil milhões de euros, quase o dobro do que se calcula tenha sido desviado da Petrobrás no que era até agora o maior esquema de corrupção já descoberto no Brasil.
Enquanto Dilma foi ministra da Presidência (ou Casa Civil), Erenice foi secretária de estado da pasta e assumiu o cargo de ministra em abril de 2010, quando a agora presidente deixou o governo para se candidatar à chefia do Estado. Cinco meses depois, em setembro de 2010, Erenice Guerra foi demitida por Lula no meio de uma vaga de denúncias de que cobrava "luvas" de empresários que queriam fazer negócios com o governo e que favorecia empresas do marido e de um dos filhos, Israel Guerra.
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