Albino dos Santos Lima é acusado de ter assassinado pelo menos 10 pessoas.
Novos detalhes da investigação que levou à prisão daquele que é considerado pela polícia local o maior assassino em série da história do estado brasileiro de Alagoas, no nordeste do país, revelaram que o criminoso gostava de fazer selfies nos túmulos das suas vítimas e armazenava os registos no seu telemóvel, como uma espécie de troféu. Identificado pela polícia como Albino dos Santos Lima, de 42 anos, preso em Novembro e denunciado neste final de Janeiro pelo Ministério Público de Alagoas, é acusado de ter assassinado pelo menos 10 pessoas, sem outro motivo a não ser o que parece uma obsessão por mulheres negras muito jovens e de cabelos cacheados que moravam nas proximidades da sua casa ou passavam por lá frequentemente.
De acordo com os delegados (inspetores) da Polícia Civil (Judiciária) de Maceió, a capital de Alagoas, Gilson Rego e Tacyane Ribeiro, os registos encontrados no telemóvel do suspeito foram decisivos para ele ser incriminado pela polícia e agora denunciado pelo promotor público António Vilas Boas, que no seu parecer o considerou incapaz de continuar a viver em sociedade. Segundo eles, dos 10 crimes de que é suspeito, Albino já confessou a autoria de 8 sem qualquer assomo de arrependimento, antes pelo contrário, ele considera ter feito bem à sociedade, livrando-a de pessoas que, afirma, se comportavam de forma inadequada ou tinham ligações ao mundo do crime.
No entanto, apuraram as investigações, nenhuma das vítimas já identificadas, oito mulheres e dois homens, tinha qualquer ligação ao mundo do crime ou desenvolvia qualquer atividade ilegal ou inadequada. Todas foram assassinadas no meio da rua, ao saírem de casa ou voltarem para lá, sempre com a mesma arma, uma poderosa pistola calibre 380 apreendida com Albino no momento da prisão, e que a perita criminal Suely Maurício confirmou ser de onde saíram todos os projéteis fatais, além dos que feriram pelo menos outras duas pessoas que sobreviveram aos ataques.
A última vítima fatal conhecida foi Ana Beatriz, uma adolescente de somente 13 anos, perseguida e baleada com vários tiros ao sair de uma arena desportiva em Maceió onde costumava praticar vários desportos, uma das suas paixões. Foi a investigação desse crime brutal de uma menina inocente que levou a polícia até Albino e descobriu no telemóvel dele um verdadeiro arquivo de horrores.
Extremamente frio e organizado, Albino mantinha no seu aparelho telefónico arquivos com fotos e rotinas de possíveis vítimas, armazenadas em pastas com os nomes de “Odiadas do Instagram” e “Mortes especiais”. Depois de consumados os crimes, o suspeito tinha a doentia obsessão de ir até ao cemitério onde as suas vítimas tinham sido sepultadas e fazia selfies junto aos túmulos com ar de quem exibia um troféu.
Outro detalhe que chamou a atenção da polícia e acabou por levar à prisão de Albino, até aí considerado um pacato cidadão, foi que todos os crimes aconteceram num raio de 800 metros em redor da casa dele, no bairro Ponta Grossa, na capital alagoana. Depois de selecionar as suas vítimas através de publicações que elas faziam nas redes sociais, Albino escolhia o melhor momento, quase sempre à noite, saía de casa armado e vestido de preto e assassinava-as.
Ainda de acordo com as autoridades de Alagoas, é possível que Albino tenha assassinado mais do que as 10 vítimas já conhecidas, pois ele confessa os crimes somente pouco a pouco, e por isso estão a ser reavaliadas mortes com características semelhantes ocorridas nos últimos anos em Maceió e ainda não esclarecidas. Uma coisa é certa, a prisão do suspeito evitou a morte de mais pessoas, pois ele mantinha um arquivo detalhado com novas potenciais vítimas, que só não foram mortas porque a polícia conseguiu chegar até ele antes.
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