"Este primeiro grande passo é não só modernizar, como está a fazer, mas também ligar, constituir uma rede", defendeu Mário Bernardo.
Associações dos técnicos ferroviários angolanos e portugueses assinaram esta terça-feira, em Luanda, um protocolo de cooperação para formação de técnicos angolanos, impulsionar o novo paradigma do setor ferroviário e ajudar a conexão das três linhas ferroviárias angolanas.
O memorando de cooperação foi subscrito por Mário Bernardo, presidente da Associação dos Técnicos Ferroviários de Angola (Atefa), e Tomás Leiria Pinto, presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento dos Sistemas Integrados dos Transportes (Adfersit).
Para Tomás Leiria Pinto, o instrumento de cooperação vista a formação de quadros angolanos do setor ferroviário, no âmbito das ações desenvolvidas pela Atefa, enquadradas no novo paradigma do setor ferroviário angolano.
"Um novo paradigma que no fundo é juntar não só técnicos, mas empresas, universidades, instituições a debaterem os melhores caminhos para as soluções ferroviárias que Angola tem", disse o responsável.
O presidente da Adfersit assinalou os novos investimentos no setor ferroviário angolano, anunciados pelo Presidente angolano, João Lourenço, como a ligação ferroviária do leste do país.
Tomás Leiria Pinto destacou a dimensão do corredor ferroviário "de excelência" que liga o Lobito ao Luau, províncias de Benguela e Moxico, com mais de 1.300 quilómetros, para o desenvolvimento socioeconómico da região.
"Que vai permitir não só retomar o escoamento mineiro, mas, mais do que isso, permitir a circulação das mercadorias, sobretudo agrícolas, são bens que podem ser mais facilmente escoados pelo caminho-de-ferro", frisou.
O responsável, que falava à margem o Iº Ciclo de Conferências Técnicas, enquadrado nas celebrações dos 134 anos do início da exploração ferroviária em Angola, garantiu "abertura de Portugal" para ajudar na mobilidade ferroviária angolana.
"Para ajudar a formar técnicos, a formar gente que possa ajudar o Governo a encontrar as melhores soluções para a mobilidade, a mobilidade é um fator de desenvolvimento não só na Europa, mas em todo o mundo", assinalou.
Angola "finalmente olha para os caminhos-de-ferro de uma forma diferente", notou.
"E qual é a forma diferente? É aquilo que nós acabamos de ouvir que é criar uma rede, hoje Angola herdou do tempo colonial três linhas, três empresas que não ligam entre elas", acrescentou.
"Este primeiro grande passo é não só modernizar, como está a fazer, mas também ligar, constituir uma rede", defendeu.
Angola conta atualmente com três linhas ferroviárias, nomeadamente os Caminhos de Ferro de Benguela (CFB), Caminhos de Ferro de Luanda (CFL) e Caminhos de Ferro de Moçâmedes (CFM).
Transportes ferroviários e seu impacto na mobilidade, infraestrutura ferroviária do CFL no troço Zenza-Cacuso e seus constrangimentos, a importância do sistema de sinalização e comunicações na exploração comercial ferroviária são alguns dos temas em debate no encontro.
Ricardo Soares, responsável pela área de gestão de projetos da Siemens Portugal e de Angola, falou sobre os desafios do setor ferroviário defendendo maior adesão aos transportes coletivos económicos, com segurança e fiáveis.
"E acima de tudo amigos do ambiente e a ferrovia, neste aspeto, é o melhor transporte que nós temos, o comboio é o transporte mais seguro que nós temos e além de tudo tem uma capacidade de transporte que os outros não têm (...)", afirmou em declarações à Lusa.
Em relação à importância da comunicação na segurança rodoviária, considerou ser indispensável a ferrovia ter "elevados níveis de confiança e de segurança, temos que transportar as pessoas e as mercadorias do seu ponto de origem até ao seu destino com maior rapidez, mas com maior segurança".
"Os descarrilamentos podem ser fruto de muitas questões, a ferrovia é um conjunto, desde a via aos sistemas, agregados ao próprio material circulante, os comboios e as carruagens, agora é fundamental se nós querermos ter uma circulação em segurança", rematou Ricardo Soares.
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