País é o maior exportador mundial de carvão, do qual depende grande parte da geração de eletricidade.
A Austrália estabeleceu, em vésperas da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, uma meta líquida de zero emissões de gases de efeito de estufa até 2050, mas sem por em causa a sua produção de carvão.
"Os australianos querem um plano de zero emissões líquidas para 2050, que tome medidas sobre a mudança climática e garanta o seu futuro num mundo em mudança", disse o primeiro-ministro conservador, Scott Morrison, durante o anúncio.
No entanto, Scott Morrison recusou reforçar as metas de redução de emissões para 2030, consideradas cruciais para lidar com a mudança climática de forma significativa, dizendo que trabalharia para manter as minas abertas.
"Queremos que as nossas indústrias pesadas, como a mineração, permaneçam abertas, competitivas e se adaptem, para que continuem viáveis, enquanto a procura global o permitir", escreveu o primeiro-ministro num texto divulgado pelo seu gabinete.
A Austrália havia concordado anteriormente em reduzir as suas emissões de gases de efeito de estufa em 26/28% até 2030, em relação aos níveis de 2005, uma meta que, segundo Scott Morrison, o país "vai cumprir e vencer".
"Não recebemos lições de outros que não entendem a Austrália. A maneira australiana é sobre como você faz as coisas, não se você vai fazer. É sobre como chegar lá", adiantou.
Scott Morrison acrescentou que o país não vai deixar cair o compromisso que assumiu nas últimas eleições ao mudar as metas de redução de emissões para 2030.
Considerada uma retardatária das questões climáticas, a Austrália é o maior exportador mundial de carvão, do qual depende grande parte da geração de eletricidade, e há muito tempo resiste à adoção de um objetivo de neutralidade carbónica.
O compromisso para os próximos 30 anos surge cinco dias antes de Scott Morrison partir para Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), que se realizará na cidade escocesa de Glasgow.
Camberra vem sendo cada vez mais criticada por não agir antes, inclusive pelos Estados Unidos e Reino Unido, bem como pelos seus vizinhos nas ilhas do Pacífico, que são altamente vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.
Depois de várias semanas de negociações internas tensas, Scott Morrison não revelou pormenores no plano ou as concessões feitas aos seus parceiros da coligação governamental, há muito dominada por céticos do clima e interesses pró-carvão.
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