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Autor dos atentados de Paris sepultado em Bruxelas

Brahim Abdeslam é irmão de Salah Abdeslam, ainda a monte.

17 de março de 2016 às 19:58

Um dos autores dos atentados de Paris de 13 de novembro, Brahim Abdeslam, foi esta quinta-feira sepultado no cemitério multiconfessional de Bruxelas, na presença de cerca de 20 familiares e amigos, noticiou a agência de notícias francesa, AFP.

Trata-se do irmão de Salah Abdeslam, principal suspeito, ainda a monte, destes atentados que fizeram 130 mortos e centenas de feridos.

Brahim Abdeslam, de 31 anos, fazia parte do trio homicida que tomou como alvos várias esplanadas parisienses a 13 de novembro. Ele morreu ao fazer-se explodir na cervejaria "Comptoir Voltaire", no XI bairro, ferindo gravemente uma empregada de mesa.

Esta quinta-feira, pouco depois das 15h30 locais (14h30 em Lisboa), a sua urna de madeira clara foi depositada na terra por outro dos seus irmãos, Mohamed, ajudado por mais cinco homens, depois de um cortejo fúnebre com cerca de 20 pessoas, entre familiares e amigos, e também alguns jornalistas.

Polícias à paisana vigiavam discretamente aquele setor muçulmano do cemitério multiconfessional desde o meio-dia. Não se registou qualquer incidente. Depois do enterro de Bilal Hadfi, na semana passada no mesmo local, este elevou para quatro o número de 'jihadistas' do 13 de novembro sepultados. Samy Amimour e Omar Mostefaï, dois dos três atacantes da sala de espetáculos Bataclan, onde decorria um concerto, foram enterrados na região de Paris, em dezembro e fevereiro, respetivamente.

Saïd Chibani, presidente da associação intercomunitária que gere o cemitério multiconfessional da capital belga, sublinhou hoje "ter tomado a decisão de não recusar sepultura às pessoas envolvidas nos recentes atos terroristas".

A família Abdeslam, franceses de origem marroquina instalados no bairro bruxelense de Molenbeek, pretendia inicialmente enterrar Brahim em Marrocos, mas perante a ausência de resposta, considerou que ela equivalia a uma recusa.

Bilal Hadfi, sepultado na semana passada no mesmo cemitério, situado junto aos bairros de Evere e Zaventem, perto de Bruxelas, era também um cidadão francês de origem marroquina residente na Bélgica. Morreu aos 20 anos, ao fazer-se explodir nas imediações do Estádio de França, na noite de 13 de novembro. A sua mãe também pretendeu, a princípio, o repatriamento do corpo para Marrocos.

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