Milhares de refugiados sírios, afegãos, iranianos e somalis tentam chegar a território europeu.
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"Estão a lançar botijas de gás contra as crianças, contra as crianças!". Foram as palavras exclamadas por um jovem, com os olhos já inflamados devido ao gás, enquanto fugia em pânico da violência das autoridades contra os milhares de migrantes que tentaram nos últimos dias atravessar a fronteira entre a Turquia e a Grécia. "Viemos da Síria, conseguimos escapar às bombas", acrescentou o jovem, em declarações à imprensa espanhola, visivelmente abalado com a demonstração de força da polícia grega.
Há já um acampamento improvisado ao longo da fronteira entre a Turquia e a Grécia, onde se concentram cerca de 3 mil refugiados sírios, afegãos, iranianos e somalis para tentar chegar a território europeu.
Vários grupos, munidos com cobertores e reunidos à volta das fogueiras, instalaram-se naquela zona. Uma fonte do governo grego disse que o número de pessoas reunidas na fronteira no domingo ultrapassava os três mil, ao contrário da Organização Internacional para as Migrações, que estimou que se tratavam de 13 mil pessoas.
"Nós viemos da Siria, escapamos às bombas", acrescentou o jovem visivelmente abalado com a violência perpetrada pelas autoridades gregas na fronteira.
Na fronteira do nordeste da Grécia com a Turquia, no sábado, a tensão entre os migrantes e a polícia aumentou. As autoridades usaram gás lacrimogéneo para tentar acalmar centenas de migrantes, do lado turco, que tentavam entrar na Grécia. Alguns migrantes retaliaram ao atirarem pedras e barras de metal para o lado grego, disse uma fonte do governo grego.
"Ontem houve 9.600 tentativas de violar as nossas fronteiras e todas foram resolvidas com sucesso", disse o vice-ministro da Defesa Alkiviadis Stefanis à TV grega Skai. A Grécia avançou ainda que houve uma tentativa orquestrada para atravessar as suas fronteiras e acusou a Turquia de orientar ativamente os migrantes. "Eles não estão a impedi-los, pelo contrário estão a ajudá-los", disse Stefanis a Skai.
A União Europeia disse estar a apoiar a Grécia e a Bulgária - que também faz fronteira com a Turquia - na proteção das fronteiras.
A Grécia foi a principal porta de entrada de centenas de milhares de migrantes à procura de asilo para a Europa entre 2015 e 2016. Já existem mais de 40.000 migrantes nas ilhas do Mar Egeu, a viverem em campos severamente superlotados e em más condições.
Na semana passada, eclodiram conflitos em Lesbos entre policias e moradores, que protestavam contra um plano de criação de centros de detenção fechados para abrigar a população migrante. Os moradores dizem que as ilhas estão a sofrer um fardo desproporcional.
A Grécia prometeu impedir outro afluxo maciço de migrantes. "Este país não é livre para todos", disse o ministro da Migração, Notis Mittarachi, à TV Ant1 da Grécia.
A polícia grega e o exército têm estado a prender as pessoas que tentam atravessar a fronteira do país.
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