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Avião da Força Aérea Brasileira resgata os primeiros 229 brasileiros do Líbano

Há dois brasileiros entre as vítimas mortais dos ataques israelitas.

05 de outubro de 2024 às 19:29

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) resgatou este sábado os primeiros 229 brasileiros residentes no Líbano que pediram ajuda ao governo de Lula da Silva para deixar aquele país após o início de ataques de forças militares de Israel que já mataram mais de duas mil pessoas. Entre essas vítimas fatais estão dois brasileiros, Ali Kamal Abdullah, de 15 anos, e Myrna Raef Nasser, de 16, que viviam no Vale do Bekaa, no sul do Líbano, principal região de confrontos entre Israel e o grupo extremista libanês Hezbollah.

O avião da FAB, que ficou três dias estacionado em Lisboa à espera de uma trégua que pudesse permitir a aterragem no aeroporto de Beirute e o embarque dos brasileiros, ficou menos de duas horas na pista da capital libanesa, ao invés das quatro horas inicialmente previstas, por razões de segurança. A área onde fica o aeroporto tem sido alvo diariamente de ataques aéreos de Israel, e aterragens e descolagens de aviões militares e comerciais estão bastante condicionadas.

No voo, embarcaram 229 brasileiros de nascimento ou libaneses com nacionalidade brasileira, 10 deles crianças de colo, e três animais domésticos. Foi dada preferência a pessoas idosas, mulheres e doentes e todos devem chegar na manhã deste domingo ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em São Paulo, após uma escala em Lisboa para reabastecimento.

Até agora, mais de três mil dos 21 mil brasileiros radicados no Líbano pediram o repatriamento ao governo de Brasília. O brigadeiro Marcelo Damasceno, comandante-geral da FAB, avançou este sábado que a força que comanda está preparada para resgatar até 500 brasileiros por semana do Líbano, mas tudo vai depender das condições de segurança.

Não se sabe até quando o aeroporto de Beirute ficará aberto, mesmo parcialmente, e outras rotas de fuga também estão a ficar bastante difíceis. Israel bombardeou e deixou praticamente inoperante a estrada que liga o Líbano à Síria, por onde se planeou que também pudessem sair brasileiros por terra rumo a uma das bases russas nesse país e, depois, seguindo para o Brasil em aviões da FAB, e um eventual resgate por navio até ao Chipre, ilha próxima ao Líbano, é muito complicado devido à grande presença de navios de guerra e a ataques frequentes. 

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