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Banco Mundial financia sistemas de emergência em saúde em Moçambique com 171,7 milhões de euros

Fundo vai beneficiar 50 mil profissionais de saúde. Instituição espera que seja "catalisador" da prestação de serviços de saúde de qualidade no país.

01 de setembro de 2025 às 21:40

O Banco Mundial anunciou esta segunda-feira 201 milhões de dólares (171,7 milhões de euros) para financiar programas de preparação e respostas a emergências no sistema de saúde em Moçambique.

"Esta iniciativa reflete o compromisso regional, global e nacional para que se invista nos sistemas de saúde e se invista na saúde dos moçambicanos (...). Este projeto é uma subvenção de 201 milhões de dólares [171,7 milhões de euros]", disse o chefe dos Projetos da área de Saúde do Banco Mundial, João Pires.

O responsável falava em Maputo durante o lançamento do projeto "Preparação, Resposta e Resiliência para Emergências de Saúde", financiado pelo Banco Mundial e que visa reforçar a resiliência do sistema de saúde moçambicano, promovendo uma melhor preparação e resposta multissetorial a emergências de saúde pública, incluindo surtos epidémicos e catástrofes naturais, avançou.

O fundo vai beneficiar 50 mil profissionais de saúde, segundo a instituição bancária, que espera que o mesmo seja "catalisador" da prestação de serviços de saúde de qualidade no país, reforçando o uso das plataformas digitais neste setor.

"Estamos a lançar esta iniciativa com o Governo de Moçambique, num momento em que sabemos que a assistência externa financeira está a passar por graves dificuldades, sabemos que essa assistência tem vindo a diminuir, numa altura em que as necessidades continuam a aumentar", disse o chefe dos Projetos da Área de Saúde do Banco Mundial.

Ao intervir na mesma cerimónia, o ministro da saúde moçambicano explicou que a iniciativa visa estabelecer plataformas de gestão de informações de recursos humanos de saúde digital, desenvolver currículos para especializações médicas, de enfermagens e de outros profissionais de saúde e criar um portal de emprego para permitir um recrutamento de recursos humanos de saúde eficiente.

O financiamento anunciado tem o objetivo também de fornecer bolsas de estudos e subsídios para formação ao nível de doutoramento, mestrado, especializações e pós-graduação com a intenção de incentivar os profissionais de saúde para a formação e desenvolver habilidades na área de saúde digital.

O programa pretende também, explicou Ussene Isse, melhorar o acesso a produtos de saúde de qualidade, incluindo a capacitação para a produção local de medicamentos e produtos de saúde, estabelecer um ambiente regulatório e legal favorável para a produção local de medicamentos e produtos de saúde e melhorar a deteção precoce e a resposta a emergências de Saúde através de uma abordagem multissetorial.

"Apoiar a vigilância multissetorial colaborativa e diagnóstico laboratorial, garantir a verificação, investigação e avaliação do risco de alertas em tempo útil, expandir a capacidade laboratorial e testes para a ameaça à saúde humana, animal e ambiental", enumerou o ministro da Saúde moçambicano.

"Moçambique enfrenta altos níveis de vulnerabilidade desde surtos de doenças, desastres humanitários causados por eventos naturais extremos como tempestades, ciclones, cheias e secas, e impactos negativos causados por mudanças climáticas. Estes eventos têm contribuído para desacelerar os nossos ganhos como setor, uma vez que o acesso aos cuidados de saúde fica comprometido", concluiu o governante.

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