Segundo as autoridades, incidente ocorreu quando a mãe do recém-nascido se encontrava numa das matas da região à procura de lenha para uso doméstico.
Um bebé de 11 dias morreu esta sexta-feira após ser arrancado da mãe por um macaco, quando apanhava lenha no distrito de Mecula, em Niassa, no norte de Moçambique, disse à Lusa a polícia moçambicana.
"Este é um dos casos de conflito homem-fauna bravia, ocorrido no povoado de Ipamba, no distrito de Mecula, onde um macaco teria arrancado um bebé que se encontrava com a sua mãe. O mesmo, após ter arrancado o bebé, fugiu para as matas, onde teria arranhado o menor, este menor de 11 dias de vida", disse à Lusa Nelson Carvalho, porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Niassa.
Segundo o porta-voz, o incidente ocorreu quando a mãe do recém-nascido se encontrava numa das matas da região à procura de lenha para uso doméstico.
"Após a mãe do menor aperceber-se da situação pediu socorro de alguns moradores que se encontravam ali e os mesmos perseguiram o animal. Este, vendo-se encurralado, acabou por abandonar o menor que contraiu ferimentos graves e, após alguns minutos, acabou por perder a vida", disse Nelson Carvalho.
O distrito de Mecula encontra-se dentro da Reserva Especial do Niassa, a maior de Moçambique, o que propicia a aproximação dos animais às comunidades atrás de comida, situação que "algumas vezes acaba originando este tipo de ocorrência".
"O animal, em algum momento assustado por ver as pessoas, acaba, como forma de se defender, também tenta agredir ou atacar as pessoas", acrescentou o porta-voz da polícia.
Sem avançar números, as autoridades policiais admitiram não se tratar do primeiro caso de ataques de animais na região, tendo sido registados outros com elefantes e búfalos.
"Já aconteceram outros casos mas o caso do macaco, em particular, é o primeiro. Os outros casos têm acontecido com elefantes e búfalos", referiu Nelson Carvalho.
Estabelecida em 1960, a Reserva Especial do Niassa - criada como reserva de caça em 09 de outubro de 1954 -, localizada no norte do país, é a maior área protegida de Moçambique, com uma extensão de 42.400 quilómetros quadrados, albergando das maiores populações de algumas espécies no país, como elefantes, leões, leopardos, búfalos, entre outros.
A Lusa noticiou antes que o número de mortos devido a ataques de animais selvagens quase triplicou num ano, chegando a 159 vítimas em 2023, segundo um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) moçambicano.
No relatório de Indicadores Básicos do Ambiente de 2023, o INE detalhou que o número de óbitos por conflito homem-fauna bravia foi de 58 no ano anterior e de 56 em 2021, mas de 97 em 2020 e de 42 em 2019.
Segundo o mesmo relatório do INE, viviam em 2023 no interior das áreas protegidas moçambicanas 205.375 pessoas, em 162 comunidades, às que se somam 501.737 em 504 comunidades nas zonas tampão a estes parques e reservas.
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