Desde a saída de José Mourinho do Benfica, em 2000, o clube viu vários treinadores passarem pelo comando técnico das 'águias'.
Desde a saída de José Mourinho do Benfica, em 2000, o clube viu vários treinadores passarem pelo comando técnico das 'águias'. Entre demissões, rescisões de contrato e pedidos de indemnização, nem sempre as saídas dos treinadores que contribuíram para o clube nos últimos 25 anos resultaram de uma decisão mútua.
Bruno Lage foi o mais recente treinador a ser dispensado pelo Benfica, na madrugada desta quarta-feira, após a derrota face ao Qarabag na Liga dos Campeões. Esta era a segunda passagem do técnico pelo clube.
José Mourinho: setembro - dezembro de 2000
A primeira experiência de treinador principal de um clube para José Mourinho foi no Benfica, durante dois meses. O técnico, agora reconhecido internacionalmente, chegou aos encarnados a 20 de setembro de 2000 e, exatamente 25 anos depois, Mourinho voltou onde tudo começou.
Durante o tempo do treinador no Benfica, o clube foi a eleições e mudou de presidente. Manuel Vilarinho, que havia prometido o regresso de Toni aos encarnados durante a campanha, venceu. Após a quarta vitória de seguida das 'águias', Mourinho exigiu renovar o contrato, perante a possibilidade iminente do regresso de Toni. A nova direção não gostou da pressão, o que levou o técnico a demitir-se por ser "treinador a prazo".
Toni: dezembro de 2000 - dezembro de 2001
Toni voltou a liderar os jogadores do Benfica entre 2000 e 2001, cumprindo a promessa de Manuel Vilarinho, mas acabou por não resistir à pressão dos adeptos e às polémicas arbitragens com os últimos jogos onde esteve presente. Em dezembro de 2001, o treinador pediu a demissão ao presidente do clube, numa reunião mantida entre os dois.
Jesualdo Ferreira: dezembro de 2001 - novembro de 2002
Jesualdo Ferreira foi o treinador principal do clube da Luz após a saída de Toni até novembro de 2002, quando foi afastado do comando técnico. Em comunicado, a Benfica-SAD realçou que apesar do afastamento, Jesualdo Ferreira iria manter-se na estrutura encarnada.
Fernando Chalana: novembro de 2002 (Primeira passagem)
Fernando Chalana, assumiu a liderança durante um jogo em novembro de 2002. Em 2003, abandonou brevemente a história de quase 30 anos no clube, onde o "Pequeno Genial" chegou com apenas 15 anos, para ser adjunto de José Gomes no Paços de Ferreira.
José António Camacho: dezembro de 2002 - junho de 2004 (Primeira passagem)
O espanhol José António Camacho esteve à frente do comando técnico do Benfica em dois momentos distintos, primeiro em 2002 e depois em 2008. Em 2002, chegou a Portugal para treinar pela primeira vez um clube fora de Espanha. Um ano e meio depois, Camacho voltou às origens para substituir Carlos Queiroz no Real Madrid.
Giovanni Trapattoni: julho de 2004 - maio de 2005
A família foi o elemento dissuasor para Giovanni Trapattoni. O treinador italiano e o Benfica celebraram um contrato por uma época, em 2004, segundo o qual não havia indemnização prevista em caso de renúncia de qualquer uma das partes. Em maio de 2005, o técnico anunciou a saída dos encarnados por questões familiares, deixando vários agradecimentos. "Tenho pena, porque a família, a minha mulher e as questões pessoais que tenho em Itália não me permitem continuar", afirmou, citado pelo Record em 2005.
Ronald Koeman: junho 2005 - maio de 2006
Ronald Koeman, treinador holandês, esteve no Benfica entre junho de 2005 e maio de 2006, quando passou para os holandeses do PSV Eindhoven agitando o mundo encarnado à época. O Benfica não abdicou de uma indemnização pelo incumprimento do contrato por parte de Koeman, mas o valor não é conhecido.
Fernando Santos: julho de 2006 - agosto de 2007
Fernando Santos, que liderou os encarnados entre 2006 e 2007, foi dispensado do Benfica após o empate a uma bola frente ao Leixões, segundo o site da UEFA. O clube da Luz afirmou que foi alcançado um acordo entre ambas as partes.
José António Camacho: agosto de 2007 - março de 2008 (Segunda passagem)
O treinador espanhol regressou às 'águias' com um acordo válido por duas temporadas. No entanto, em 2008, José António Camacho pediu a demissão após um empate com o União de Leiria, que deixou os encarnados a 14 pontos do líder, o FC Porto. "Não estou motivado. Empatamos várias partidas e perdemos uma em casa [...]. Falei com o presidente e disse-lhe que a situação não ia melhorar", declarou.
Fernando Chalana: março de 2008 - maio de 2008 (Segunda passagem)
Fernando Chalana regressou ao clube como adjunto de Koeman em 2005. Assumiu a posição de treinador principal interino, mais uma vez, em março de 2008 após a saída de Camacho. O Benfica decidiu que o "Pequeno Genial" iria ficar até ao final da época, momento em que anunciariam o novo técnico. Com a troca por Quique Flores, Chalana continuou a ajudar a equipa técnica.
Quique Flores: maio de 2008 - junho de 2009
Um ano e quinze dias após ter sido apresentado no Estádio da Luz, como aposta pessoal de Rui Costa, Quique Flores deixou o comando dos encarnados no final de uma época onde os resultados desportivos ficaram aquém das expectativas. O clube foi obrigado a pagar dois milhões de euros de indemnização, segundo apurou o CM em 2009.
Jorge Jesus (Primeira passagem): junho de 2009 - junho de 2015
Jorge Jesus esteve à frente das 'águias' durante seis anos entre 2009 e 2015, mas a saída foi atribulada. Jesus saiu da Luz para Alvalade e o Benfica chegou a exigir 14 milhões de euros ao treinador, acusando-o de assinar um compromisso com o Sporting antes de terminar o contrato com os encarnados, como noticiou o CM em 2015. Ambos chegaram a um acordo, sem pagar nada, em 2018.
Rui Vitória: junho de 2015 - janeiro de 2019
Em 2019, foi Rui Vitória que viu o contrato terminar mais cedo do que o previsto. Vitória levou os encarnados à conquista de seis títulos durante duas temporadas, mas a terceira ficou por terminar. O acordo entre o clube e o treinador determinou que o técnico deveria receber a totalidade dos vencimentos a que teria direito até ao final do contrato - cerca de três milhões de euros - enquanto não estiver empregado, segundo noticiou o Record.
Bruno Lage: janeiro de 2019 - junho de 2020 (Primeira passagem)
Na primeira volta, Bruno Lage demitiu-se do Benfica após uma derrota frente ao Marítimo. O treinador de Setúbal entrou para assumir o cargo "provisoriamente", substituindo Rui Vitória. Os triunfos de Lage levaram o clube a renovar o contrato até 30 de junho de 2023, mas o treinador demitiu-se antes desta data.
Nélson Veríssimo: junho de 2020 - agosto 2020 (Primeira passagem)
Nélson Veríssimo foi, à semelhança de Chalana, treinador interino do Benfica em dois momentos distintos, 2020 e 2022. Da primeira volta, Veríssimo substituiu de forma interina Bruno Lage, de quem era adjunto. O Benfica esclareceu desde início que Nélson ficaria apenas até ao final da época. Em dezembro de 2020, foi nomeado treinador principal da equipa B dos encarnados.
Jorge Jesus (Segunda passagem): agosto de 2020 - dezembro de 2021
A segunda passagem de Jesus pela Luz não brilhou tanto, mas terminou em melhores termos. O divórcio oficializado em 2021 foi anunciado pelo Benfica, que revelou que iria continuar a pagar o salário a Jorge Jesus até ao final da época, enquanto o técnico não encontrasse um novo emprego.
Nélson Veríssimo: dezembro de 2021 - maio de 2022 (Segunda passagem)
Veríssimo voltou a assumir o comando técnico da equipa principal em 2021, até ao final da temporada, depois da saída de Jorge Jesus. Terminado a época, o treinador acabou por abandonar o clube, durante um ano. Em 2023, regressou para liderar a equipa B uma vez mais.
Roger Schmidt: maio de 2022 - agosto de 2024
O fim do contrato com Roger Schmidt, que foi treinador das 'águias' entre 2022 e 2024, custou à Benfica SAD 8,7 milhões de euros. Embora seja um valor elevado, o montante ficou abaixo do que o treinador teria de receber até ao final do contrato.
Bruno Lage: setembro de 2024 - setembro de 2025 (Segunda passagem)
Bruno Lage regressou ao clube há um ano, mas foi demitido esta semana depois da derrota frente ao Qarabag. Já se sabe que o técnico recusou a cláusula de confidencialidade, abdicando da indemnização, exigindo apenas o salário de setembro.
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