Atualmente, enfrentam dificuldades para cumprir os prazos de entrega, devido a problemas nas cadeias de abastecimento que se arrastam desde a pandemia de covid-19.
A Boeing prevê a necessidade de 43.600 novos aviões comerciais até 2044, impulsionada pelo crescimento do tráfego aéreo nos países em desenvolvimento, em linha com as estimativas da Airbus.
Num relatório apresentado esta segunda-feira, na abertura do Salão Internacional da Aeronáutica e do Espaço de Le Bourget, a norte de Paris, a fabricante norte-americana estima que os mercados emergentes representarão mais de metade da frota mundial de aviões comerciais, face aos 40% registados em 2024.
A expansão das classes médias nestes países justifica esta evolução, com o tráfego aéreo global a crescer, em média, 4,2% ao ano --- ritmo superior ao da economia mundial.
A Boeing antecipa ainda que 80% das aeronaves atualmente em serviço serão substituídas por 21.000 novos aparelhos, aumentando a eficiência e a capacidade. A frota mundial deverá ultrapassar os 49.600 aviões em 2044, refletindo também o aumento da procura por viagens.
Para responder a esta procura, a empresa norte-americana espera que a capacidade de produção consiga acompanhar a procura até 2030.
Atualmente, tanto a Boeing como a Airbus enfrentam dificuldades para cumprir os prazos de entrega, devido a problemas nas cadeias de abastecimento que se arrastam desde a pandemia de covid-19.
Apesar de a situação estar a normalizar, as companhias aéreas continuam a exigir aviões mais eficientes, com menor consumo de combustível e custos operacionais reduzidos, para renovar as suas frotas.
"O setor continuará a adaptar-se, com uma forte procura por novos aviões e um regresso ao crescimento pré-pandemia", afirmou Brad McMullen, vice-presidente sénior da Boeing para vendas e 'marketing'.
Segundo as previsões, os aviões de corredor único representarão 72% da frota global em 2044 (face a 66% em 2024), impulsionados pelo crescimento das viagens de curta distância e das companhias 'low cost' nos mercados emergentes. Já os aviões de fuselagem larga aumentarão em número, mas vão perder peso relativo.
Na semana passada, a Airbus publicou previsões semelhantes: estima que entre 2024 e 2044 serão precisos 43.420 novos aviões, dos quais cerca de 44% substituirão aeronaves desativadas.
A fabricante europeia aponta também a expansão das classes médias como principal motor do crescimento, com mais 1.500 milhões de pessoas a juntarem-se a este grupo até 2044, sobretudo nos países em desenvolvimento.
As previsões da Boeing surgem numa altura em que a fabricante continua sob escrutínio devido a falhas de segurança nos seus aviões.
Além dos acidentes fatais com o modelo 737 MAX, entre 2018 e 2019, no passado dia 12 de junho houve mais um trágico acidente com o voo AI 171 da Air India, em Ahmedabad. Um Boeing 787-8 Dreamliner caiu segundos após a descolagem, matando 241 pessoas a bordo e pelo menos 38 no solo --- um dos piores acidentes envolvendo este modelo em mais de uma década. As autoridades indianas ordenaram inspeções adicionais a toda a frota de 787-8/9 do país, e continuam a analisar os conteúdos das caixas-negras para apurar possíveis falhas nos motores, flaps ou trem de aterragem.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.