Candidato de extrema-direita venceu e parte como favorito para a segunda volta, no próximo dia 28.
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O capitão da reserva do Exército e deputado de extrema-direita Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), venceu este domingo a primeira volta das presidenciais brasileiras.
De acordo com projeções do Ibope, deverá obter 45% dos votos. Bolsonaro não conseguiu os votos necessários para ser eleito já - 50% mais um dos votos válidos -, mas é o favorito também para a segunda volta, no dia 28, e pode tornar- se o primeiro militar a governar o Brasil desde 1985, quando findou a ditadura militar de 21 anos, que ele tanto admira.
Segundo os dois principais institutos de opinião pública brasileiros, o Ibope e o Datafolha, dia 28 Bolsonaro vence o candidato que passou com ele para a segunda volta, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), que este domingo garantiu a passagem ao voto decisivo ao ficar em segundo lugar, com 28% dos votos.
De acordo com o Ibope, Bolsonaro vence a segunda volta com 45%, contra 41% de Haddad, enquanto o Datafolha prevê também a vitória do militar mas por 45% a 43% dos votos.
Até há escassos meses desconhecido em várias regiões do Brasil e considerado nos meios políticos pouco mais do que uma figura folclórica, pela defesa que faz da ditadura e por sucessivas polémicas com entidades representativas de negros, homossexuais e mulheres, Bolsonaro agradou, no entanto, a uma importante fatia dos eleitores exatamente pelo radicalismo das suas propostas.
Essa parcela da população está cansada do mar de lama em que se transformou a política brasileira, da crise económica que nunca acaba e da vaga de violência que assola o país, e Bolsonaro prometeu medidas duras nessas e em outras áreas.
Foi, por isso, escolhido na reta final da corrida eleitoral, por ser visto como a forma mais segura de evitar o regresso ao poder do PT, envolvido nos maiores escândalos de corrupção do país, e também que o Brasil seja chefiado nos próximos anos a partir da prisão por Lula da Silva, condenado e preso por corrupção e responsável pela escolha de Haddad como seu substituto.
Analistas falham previsões sobre os dois favoritos
Jair Bolsonaro e Fernando Haddad surpreenderam todos os analistas.
O militar surgia há muito como segundo nas sondagens, atrás do então favorito Lula da Silva, mas não passava dos 19%, e quando chegou aos 22% dizia-se que tinha atingido o seu máximo.
Mas o radicalismo do ex-capitão agradou aos indignados com a corrupção, preocupados com o desemprego e assustados com a violência, que Bolsonaro promete reprimir "à bala", e ele cresceu, atingindo na reta final os 40%.
Haddad, que antes do início da campanha não passava dos 2%, começou a subir logo que ficou claro que substituiria Lula, preso por corrupção.
Após a oficialização como substituto escolhido pelo próprio Lula, no entanto, cresceu numa semana para 19% e chegou à primeira volta com 25%, sendo visto como possível travão de Bolsonaro.
PORMENORES
Votação complexa
A votação deste domingo não foi fácil, pois os eleitores tinham de digitar os números de nada menos de seis candidatos: deputado federal, deputado regional, dois senadores, governador e, finalmente, o do seu escolhido para presidente.
Tudo igual no Congresso
Estimativas dos institutos de sondagem mostram que pouca coisa deve mudar no Congresso, onde se prevê que o MDB de Michel Temer e o PT de Fernando Haddad mantenham as maiores bancadas.
Notícias falsas
O Partido dos Trabalhadores, que tem acusado Bolsonaro de espalhar notícias falsas contra Haddad, foi um dos quatro partidos que se negaram a assinar um compromisso para não disseminar esse tipo de notícias.
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