No boletim de vacinas de Bolsonaro consta que foi vacinado contra a Covid-19 em 2021, mas o ex-presidente nega ter tomado a vacina.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira em casa, um condomínio de Brasília, negou ter adulterado os dados do seu boletim de vacinas contra a Covid-19 para poder entrar nos EUA, para onde foi um dia antes do fim do seu mandato, em Dezembro passado.
Em breves declarações à imprensa ao deixar a residência após a ação policial, Bolsonaro, negacionista fanático que combateu a vacinação contra o Coronavírus no Brasil, afirmou estar surpreso com a operação e reafirmou nunca ter tomado vacina contra o Coronavírus.
"Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina (contra a Covid-19). E ponto final. Em momento nenhum eu disse que tomei a vacina, e não tomei. Aqui em casa, só a Michelle (Michelle Bolsonaro, esposa do antigo presidente) tomou a vacina, foi a Jansen, e nos EUA, em 2021. E a minha filha (Laura Bolsonaro, de 12 anos), eu respondo por ela, não tomou a vacina também. Fico surpreso pela ação da polícia aqui em casa por esse motivo," declarou Jair Bolsonaro aos repórteres que desde o amanhecer cobriram a ação da polícia na casa dele.
Segundo a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, no boletim de vacinas de Jair Bolsonaro, que ele colocou em sigilo de 100 anos, anulado pelo novo governo, consta que ele foi vacinado contra a Covid-19 em 19 de julho de 2021.
Sempre de acordo com a apuração oficial, os dados de vacinação de Bolsonaro, da família e de vários assessores terão sido inseridos de forma fraudulenta no sistema nacional de imunização do Ministério da Saúde para permitir ao então presidente do Brasil entrar nos EUA, que exigia a comprovação dessa vacinação para permitir o ingresso de estrangeiros no país.
Além da ação de busca e apreensão na casa do ex-presidente, a Polícia Federal prendeu ao amanhecer desta quarta-feira seis pessoas muito próximas a ele, entre elas o tenente-coronel da activa do Exército Mauro Cid Barbosa, principal ajudante de ordens nos quatro anos de mandato presidencial.
Bolsonaro e os seis detidos estão a ser acusados de violação de medida sanitária preventiva, fraude na inserção de dados em sistema público, formação de quadrilha e corrupção de menores, esta última acusação devido à filha do ex-governante ser menor.
Bolsonaro teve o telemóvel apreendido pela Polícia Federal e, mesmo inicialmente tendo recusado fornecer a senha, acabou por revelá-la aos agentes. O antigo presidente foi intimado a comparecer ainda esta quarta-feira na sede da Polícia Federal em Brasília para ser interrogado, mas ao sair de casa negou que fosse para a polícia e disse que ia para a sede do seu partido, o Partido Liberal, para se reunir com aliados e advogados.
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