Presidente brasileiro repetiu mais uma vez que está a ser preparada uma grande fraude para o tirar do poder.
Surpreendendo até os aliados mais próximos, que não acreditam nessa possibilidade, o presidente Jair Bolsonaro insinuou que poderá não disputar a reeleição nas presidenciais de 2022, que são o seu principal projeto desde que venceu as eleições de 2018. Bolsonaro fez a afirmação a apoiantes em Brasília, repetindo mais uma vez que estão a preparar uma grande fraude para o tirar do poder e que, sem garantia de uma eleição limpa, pode decidir não participar na disputa, cujas sondagens são lideradas neste momento com larga vantagem pelo ex-presidente Lula da Silva, seu principal adversário.
"Eu entrego a faixa para qualquer um, se eu disputar a eleição, né? Se eu disputar, eu entrego a faixa para qualquer um. Numa eleição limpa."-Disse Jair Bolsonaro a seguidores que o aguardavam junto ao Palácio da Alvorada, a residência presidencial em Brasília.
O que Jair Bolsonaro chama de "eleição limpa" ou "eleição auditável" é uma votação feita em cédulas de papel, como era feito muitos anos atrás no Brasil, que depois adoptou a votação em urnas electrónicas. Para Bolsonaro, só a votação em papel permite, em caso de dúvida, ou seja, de derrota dele, recontar os milhões de votos um a um, à mão, única forma que ele reconhece como lícita, pois, acusa sem exibir qualquer prova, o sistema de votação eletrónico usado há anos pelo TSE, Tribunal Superior Eleitoral, é comandado por comunistas e pessoas próximas ao Partido dos Trabalhadores, PT, de Lula da Silva, que estariam a articular uma grande fraude para reconduzir o antigo governante ao poder no ano que vem.
"As mesmas pessoas que tiraram o Lula da cadeia e o tornaram elegível vão contar os votos dentro do TSE, de forma secreta. As mesmas pessoas."-Continuou Bolsonaro, referindo-se ao facto de o ex-presidente Lula da Silva, impedido de disputar as presidenciais de 2018, cujas sondagens então liderava, ter sido preso por corrupção mas ter sido libertado um ano e meio depois pelo Supremo Tribunal Federal, que este ano o ilibou das condenações por avaliar que o então juiz Sérgio Moro foi parcial nas sentenças.
As declarações de Bolsonaro acontecem num momento em que a maioria do Congresso, incluindo partidos que apoiam o governo, está a um passo de derrubar um projeto de deputados bolsonaristas visando a volta das eleições em cédulas de papel. O projeto ia ser derrubado na passada sexta-feira, quando já havia larga maioria contra o voto impresso, mas uma manobra dos aliados de Bolsonaro fez adiar a decisão, que no entanto o governo já considera perdida e é rejeitada firmemente pelo Tribunal Superior Eleitoral e considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
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