A edição de hoje
O ex-guarda-redes do Flamengo do Rio de Janeiro, Bruno Fernandes, preso preventivamente há dois anos pela morte e esquartejamento da ex-amante, a modelo Eliza Samúdio, converteu-se na prisão a uma seita evangélica, seguindo os passos de muitos criminosos perigosos.
No entanto, a cerimónia de baptismo do jogador, que marcaria a sua conversão formal à nova confissão religiosa, deveria acontecer numa grande festa no pátio da cadeia, o que acabou por não se realizar.
Pouco antes do início da cerimónia de baptismo, o céu sobre a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, no estado de Minas Gerais, ficou encoberto por uma chuva de helicópteros da imprensa, que quase esbarravam uns nos outros tentando chegar o mais perto possível do solo e do pátio da prisão para não perderem nada do evento. Considerando que a situação era uma clara quebra das normas de segurança, a direcção da penitenciária acabou com a farra, suspendendo a cerimónia, onde numerosos outros presos também iam confirmar a sua conversão à seita.
Um dos advogados do futebolista assumiu a culpa pelo incidente, afirmando que avisara a imprensa sobre a cerimónia, para mostrar que o guarda-redes, acusado de um crime horrível, estava no caminho do bem, mas que não esperava que houvesse uma repercussão tão grande nos meios de comunicação.
Bruno foi preso em Julho de 2010 no Rio de Janeiro e ainda aguarda julgamento. Ele e outras nove pessoas são acusadas de participação no rapto de Eliza, que exigia do guarda-redes o reconhecimento de um filho e uma pensão, levada à força do Rio para o estado de Minas Gerais e aí, segundo a polícia local, assassinada e esquartejada.
Os restos mortais de Eliza nunca foram encontrados. Segundo a versão da polícia, após desmembrar o corpo da jovem, o suposto executor, um ex-polícia conhecido como 'Bola' e igualmente preso, deu os pedaços aos nove cães de grande porte que tinha na sua propriedade.
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